Trump não responde a perguntas em depoimento sobre fraude – 10/08/2022 – Mundo

Após comparecer nesta quarta (10) para depor em um caso que investiga supostas manobras fiscais de suas empresas, o ex-presidente dos EUA Donald Trump afirmou que se recusará a responder às perguntas feitas pela Procuradoria-Geral de Nova York.

O republicano alegou estar usufruindo dos direitos concedidos à Constituição americana, em referência à Quinta Emenda, que assegura o direito de permanecer calado e evitar a autoincriminação.

“Quando sua família, sua empresa e todas as pessoas ao seu redor se tornam alvos de uma caça às bruxas politicamente motivada, apoiada por advogados, promotores e pela mídia, você não tem escolha”, disse ele em comunicado divulgado pouco após o início das perguntas.

A investigação civil em questão apura se a Organização Trump inflou os valores de algumas propriedades para obter empréstimos mais vantajosos e baixou seus valores para conseguir isenções fiscais.

Trump por meses tentou evitar comparecer para depor. Em uma mensagem na noite de terça (9) no aplicativo Truth Social, criado por ele, porém, disse que estaria com a procuradora-geral Letitia James.

James, uma democrata, chegou a anunciar no ano passado que disputaria as eleições para o governo de Nova York, episódio que serviu de combustível para as críticas do ex-presidente. Pouco depois, porém, ela desistiu da corrida eleitoral e disse que ainda tinha muito a fazer na procuradoria.

O comparecimento à Procuradoria-Geral nova-iorquina vem apenas dois dias após um revés para o republicano, quando o FBI, a polícia federal americana, realizou uma operação de busca na casa dele em Mar-a-Lago, em um caso que apura a remoção e destruição ilegal de arquivos da Casa Branca pelo ex-presidente.

Estes, no entanto, são apenas alguns dos casos que envolvem Trump como ​personagem-chave. As próprias ações das Organizações Trump, além da esfera civil, são investigadas na esfera criminal na esfera criminal do distrito de Manhattan. Outros processos em andamento dizem respeito ainda à invasão do Capitólio, a sede do Legislativo americano, e à tentativa de adulterar resultados eleitorais na Geórgia.