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TikTok, Instagram e YouTube são ‘Google’ para Geração Z – 10/08/2022 – #Hashtag

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Para a Geração Z (aqueles nascidos depois de 2000) as redes sociais vão além do entretenimento, servindo como ferramenta de busca por informações. Pelo menos é o que indica uma pesquisa feita com jovens de 16 a 24 anos no Reino Unido.

Publicada em julho deste ano pelo Ofcom (Office of Communications, ou Escritório das comunicações, em tradução livre), regulador de mídia, o levantamento indica que entre as três fontes de busca para os jovens desta faixa etária estão o TikTok, seguido pelo Instagram e o Youtube.

Ao abraçar uma das funções primordiais da internet, plataformas de redes sociais vêm impactando produtos como o Google Search ou o Google Maps, de acordo com o vice-presidente sênior do Google, Prabhakar Raghavan. Segundo o site Join TechCrunch+, Raghavan mencionou este efeito durante a conferência Fortune’s Brainstorm Tech 2022, onde abordou o futuro dos produtos do Google e seu uso de inteligência artificial.

Ao blog #Hashtag, o Google disse que embora seu objetivo com a ferramenta de busca seja fornecer as informações mais relevantes e úteis disponíveis na web, mais do que nunca as pessoas têm diversos canais para pesquisar as informações que desejam.

A empresa respondeu que enfrenta uma grande concorrência devido à variedade de canais, que incluem, além das redes sociais, lojas virtuais e outros mecanismos de busca.

Na tentativa de personalizar melhor o conteúdo para cada usuário, o Google lançou no fim de julho o Feed do Google, “um lugar em que você pode ficar informado sobre seus interesses de forma personalizada, prática e fácil”.

Com mais de 1 bilhão de usuários mensais ativos no mundo, o TikTok não divulga dados nesse sentido. As buscas por lá são feitas a partir de hashtags ou palavras-chave. Assim, é possível ter uma ideia dos números de visualizações em cada termo publicado na rede –mecanismo similar ao de outras redes e do próprio Google Search.

É assim que a estudante do 3º ano do Ensino Médio, Ana Carolina Xavier de Santana, 17, busca conteúdos sobre diversos temas por lá, especialmente sobre perícia.

Para a jovem de Paraibuna (SP), a ferramenta é ideal para encontrar conteúdos qualificados sobre a profissão que pretende seguir. O diferencial do buscador está na qualidade dos resultados.

O professor de novas mídias do departamento de Comunicação Social da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), que coordena o Laboratório de Estudos sobre Imagem e Cibercultura (Labic), Fabio Malini, aponta que o fluxo de buscas dentro do TikTok faz parte da história das plataformas, que passam por um processo de “territorialização”.

Ou seja, elas permitem que as pessoas reproduzam o mesmo tipo de procedimento das outras redes, inserindo e buscando informações territoriais a partir de publicações. No Facebook é o Check-in, nas novas redes são as localizações ou mesmo o uso das hashtags, que também permitem acessar informações sobre locais e eventos, colaborando para reforçar seus status.

Assim, diz Malini, que pesquisa dados na internet desde 1999, há uma linha de continuidade entre as redes. Sob uma cultura de réplica de padrões de consumo, as pessoas passam a frequentar lugares que outros já foram, criando uma história comum.

O pesquisador destaca que o processo possibilita a criação de vínculos, gerando conversas entre usuários que se identificam com elementos de um contexto, até uma comunidade à qual pertencer.

Rejane Toigo, social media e fundadora da Like Marketing, de estratégia digital, o fluxo de buscas em aplicativos de vídeo, como o TikTok, tem a ver com o formato. “A geração Z quer ver as coisas sendo feitas, porque o vídeo permite que a pessoa faça a própria avaliação, com julgamentos pessoais”, diz.

Para Ligia Gomes Pio, 24, isso tudo é verdade. A estudante de Produção Cultural do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ), diz que o TikTok é mais dinâmico, intuitivo e completo, e compara a plataforma com outras que também possuem vídeos, mas que têm os algoritmos menos espelhados em sua experiência.

“O aplicativo virou uma referência durante a quarentena. É como se tudo o que é novo e interessante aparecesse lá”, explica. Para encontrar essas informações, Ligia prefere usar textos-chave a hashtags, porque percebe que direcionam o recorte da pesquisa –como faria no Google, mas com mais diversão no TikTok, diz.

Apesar de o Google ser mais objetivo, no TikTok há mais detalhes sobre o assunto procurado, além de ser possível descobrir o que as pessoas acham. Pelo menos essa é a opinião de Sofia Paschoal Fontoura, 24. Produtora audiovisual e estudante de História da Arte no Rio de Janeiro (RJ), ela explica que não acha a ferramenta mais fácil, mas mais completa para encontrar locais e passeios.

Para Toigo, quando o conteúdo está num formato como o audiovisual e em contexto propício, seu valor aumenta. “É uma questão de neurocompatibilidade: essa geração consome e produz esse conteúdo”.

Fonte: Acesse Aqui o Link da Matéria Original

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