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Jovem branco que matou 2 homens negros durante ato antirracista colapsa em julgamento – 10/11/2021 – Mundo

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O jovem branco de 18 anos que atirou em três homens negros e matou dois deles durante manifestação antirracista em Kenosha, nos EUA, em agosto de 2020, chorou copiosamente nesta quarta (10), enquanto fazia sua defesa no julgamento do caso. Segundo ele, os assassinatos foram um ato de legítima defesa.

Um vídeo exibido na corte mostrou o momento em que Kyle Rittenhouse atira quatro vezes em Joseph Rosenbaum, 36. Na cena, é possível ver que, na hora dos tiros, o acusado era seguido pelo manifestante antirracista, mas, conforme noticiou o canal NBC News, o especialista forense Doug Kelley afirmou ao tribunal ter concluído que Rosenbaum não era uma ameaça naquele momento.

“Não notei Rosenbaum até que ele saiu de trás do carro, numa emboscada”, disse o acusado ao júri, antes de começar a respirar ofegantemente e chorar quando o juiz pediu uma pausa no julgamento.

Questionado pela promotoria, ele afirmou que fez “o que tinha que fazer para impedir a pessoa que estava me atacando” e completou dizendo que “dois deles morreram, mas evitei que a ameaça me atacasse”. À época dos assassinatos, Rittenhouse tinha 17 anos. Além de Rosenbaum, foram baleados no mesmo dia pelo adolescente os jovens Gaige Grosskreutz, 26, e Anthony Huber, 27, que também morreu.

Rittenhouse disse ainda que havia sido ameaçado duas vezes de morte por Rosenbaum e que estava em meio ao ato para proteger uma concessionária de carros usados junto com outros homens armados.

O acusado afirmou também que seu objetivo era oferecer ajuda médica a feridos —ainda que estivesse com um fuzil AR-15. Além de cinco crimes, ele foi acusado de portar arma com idade inferior à permitida.

Os promotores, porém, enfatizaram que Rittenhouse foi a única pessoa a atirar em alguém em uma noite em que centenas de manifestantes saíram às ruas, alguns pacificamente e outros envolvidos em incêndios criminosos, saques e tumultos.

Os atos em Kenosha, em Wisconsin, começaram após Jacob Blake, um homem negro, ser baleado pelas costas por um agente branco durante uma abordagem policial, dois dias antes, em uma ação filmada por testemunhas. Três meses antes, George Floyd havia sido assassinado por um outro policial branco.

No final de outubro, o juiz do caso, Bruce Schroeder, determinou que a acusação não poderia se referir aos baleados como vítimas, porque, em sua visão, o termo está carregado de pré-julgamento.

Em contrapartida, o promotor Thomas Binger pediu ao juiz que a defesa de Rittenhouse também fosse proibida de descrever Rosenbaum, Huber e Grosskreutz como “desordeiros, saqueadores ou incendiários”.

Para ele, os termos são tão ou mais carregados de juízo de valor do que “vítimas” e deveriam ser banidos, porque não há evidências de que os baleados estavam cometendo crimes quando foram atingidos.

O juiz Schroeder negou o pedido, mas condicionou o uso dos adjetivos considerados pejorativos à apresentação de elementos que comprovassem as afirmações dos advogados do réu.

Fonte: Acesse Aqui o Link da Matéria Original

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