Politica

Bolsonaro à beira do abismo – 01/07/2021 – Ricardo Melo

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Muitas teorias já cercaram o escândalo que levou Bolsonaro ao Planalto. Astuto, oportunista, aproveitou o vazio e sobretudo parecia o único capaz de derrotar Lula. Em torno dele formou-se uma aliança dos poderosos de sempre apostando na obediência do milico às leis do grande capital.

Tudo meia verdade ou uma mentira inteira. Quem se dedicou a examinar a trajetória do capitão, como fez o saudoso jornalista Luiz Maklouf, percebeu que o personagem é doente mental interessado em rechear os bolsos com o dinheiro público.

Terrorista tabajara, tentou explodir quartéis e adutoras. Foi pego com a boca na botija. Graças a tramoias jurídicas e complacência do Exército foi convidado a se retirar, mas seus traços de caráter permaneceram intocáveis.

Criou uma família de larápios de “rachadinhas” e iniciou sua roda da fortuna, que não deu certo quando tentou se aventurar na Serra Pelada.

A Presidência lhe caiu no colo. Já ele continuou o mesmo. Mesmo num país como o Brasil, o nível de descalabros a que estamos assistindo é aterrador.

Bolsonaro é responsável direto pelas mais de 500 mil mortes no país. Por tudo. Pregou, e continua pregando, o desprezo diante da pandemia. Agora se sabe que não se trata apenas de excentricidade de um desequilibrado, embora seja isso também. É dinheiro grosso envolvido em troca de vidas de brasileiros.

As últimas notícias comprovam ter sido montado um esquema bilionário na negociação de vacinas de qualidade discutível. Enquanto todas as evidências comprovam que a imunização é a única saída que se conhece para deter o vírus, Bolsonaro e sua gangue sempre estiveram mais interessados em estufar seus cofres.

Ricardo Barros, pivô da bandalheira, já foi ministro da Saúde! Hoje líder do governo, revela-se um tosco mercador de “vacinas”. O senador Fernando Bezerra, outro líder, é mais uma capivara ambulante. Ambos são fiadores de Bolsonaro, e não o contrário.

O esquema envolve militares de baixa estatura intelectual que tomaram conta dos gabinetes, aliás a mesma estatura do chefe de plantão. Negociam vidas em troca de dólares na conta. Os mesmos que deixam apodrecer em armazéns desde sábado vacinas da Pfizer ao mesmo tempo em que faltam imunizantes nos postos de saúde.

Os motivos para tirar Bolsonaro do poder já passam de uma centena; 125 até esta quarta-feira (30). Mas aguardar que Arthur Lira, presidente da Câmara, tome alguma iniciativa é como esperar que o capitão expulso adquira faculdades mentais.

A situação é mais grave do que se pensa. Não se trata apenas de discursos tresloucados de um desequilibrado. O Brasil está indo a pique. O desemprego não para de subir, vide o IBGE. A miséria cresce em cada esquina (você tem saído às ruas?). Paulo Guedes (lembram dele?) assumiu o seu papel de bobo da corte.

O Congresso? Um bando de sanguessugas alimentado pelo “orçamento paralelo”. Os militares? Comprados à custa de verbas que deveriam ser destinadas aos pobres.

O Judiciário é uma pantomima. Sua diversão favorita no momento é cobrar prazos para explicações dos absurdos. Cumpridas as datas, fica tudo por isso mesmo. O procurador-geral Aras não passa de advogado financiado com dinheiro público para defender o alucinado sentado no Planalto.

É mentira que só o impeachment pode interromper tanta desgraça. Bolsonaro pode ser interditado desde que as “instituições que funcionam” funcionem de fato. O STF, por exemplo.

Estamos em 1° de julho de 2021. O Brasil que interessa não merece mais um ano e meio de destruição sistemática. As ruas vêm mostrando isso. Tivéssemos uma elite digna deste nome o pesadelo já teria acabado. Quem sabe.


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Fonte: Acesse Aqui o Link da Matéria Original

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