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Veja como Putin recebeu Bolsonaro em comparação a Macron e Scholz, da mesa a aperto de mão – 16/02/2022 – Mundo

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O presidente Jair Bolsonaro foi recebido nesta quarta-feira (16) por Vladimir Putin, em Moscou, com simbolismos dedicados a líderes que também se reuniram com o russo e se submeteram ao rígido protocolo do Kremlin contra a Covid-19.

Emmanuel Macron foi o primeiro convidado do líder russo a se tornar coadjuvante em memes nas redes sociais nos quais a enorme mesa branca de 5 metros que separava os dois chefes de Estado era a protagonista.

Diferentemente de Bolsonaro, que supostamente seguiu os protocolos exigidos pelos russos, Macron se negou a fazer testes RT-PCR russos com receio de que seu DNA fosse roubado. O Kremlin confirmou que Macron foi mantido a distância de Putin porque se recusou a realizar um teste russo.

Mesma justificativa foi dada pelo primeiro-ministro alemão, Olaf Scholz, que evitou os testes russos e teve o mesmo tratamento: os líderes em polos opostos da mesa gigante, sem intérpretes ao lado, além de distanciamento de seus púlpitos e bandeiras no salão em que discursam à imprensa.

Entre Putin, Scholz e Macron, não houve apertos de mão, o que contrasta com a chegada de Bolsonaro, entusiasticamente cumprimentado de perto e com contato das mãos por Putin.

O presidente brasileiro foi recebido em uma sala menor que o salão onde fica a grande mesa branca, na qual quatro cadeiras (duas para os intérpretes) ficam separadas apenas por uma pequena mesa de centro, também branca, com um arranjo floral em cima. Às costas de ambos, uma lareira.

“Realmente, é mais que um casamento perfeito o sentimento que eu levo ao Brasil, e senti também pela fisionomia, pelo que foi tratado até fora da agenda oficial com as autoridades russas e em especial com o presidente Putin, que esse é também o sentimento que ele tem do Brasil”, afirmou Bolsonaro à imprensa após o encontro.

“Não dou recado para ninguém. O Brasil é um país pacifista, e o mundo e vários outros países têm seus problemas regionais. Aqui existe um problema e nós somos solidários com todo e qualquer país, desde que o caminho para a busca da solução desses impasses seja pacífico”, respondeu Bolsonaro sobre se ele havia comentado com Putin sobre a crise na Ucrânia.

Em outra ocasião da reunião, o presidente brasileiro também se sentou com o presidente russo e seus intérpretes em uma mesa oval semelhante à grande mesa branca, mas menor, e nos lados do móvel, não nas pontas.

O argentino Alberto Fernández, com quem Bolsonaro tem rusgas periódicas desde que o brasileiro lamentou a eleição do colega vizinho, em 2019, visitou o líder russo no dia 3 de fevereiro.

No Kremlin, Fernández sentou-se com Putin em uma mesa pequena igual à usada na visita de Bolsonaro, em frente à mesma lareira, mesa e arranjo de flores.

A Argentina foi o primeiro país ocidental a adotar a vacina russa Sputnik V, e foi com uma dose dela que Fernández se tornou o primeiro líder latino-americano a se imunizar contra a Covid-19.

Segundo o jornal argentino La Nación, Fernández havia chegado à sede do governo russo após o “enésimo” teste de Covid, protocolo comparável aos testes prévios e diários exigidos de cada membro da comitiva brasileira, Bolsonaro incluso. Fernández, no entanto, novamente segundo o La Nación, só pôde entrar no Kremlin com um intérprete, sem outros membros da delegação.

Bolsonaro foi o único dos visitantes que usou um coturno, em vez de sapatos tradicionais. Ele já havia utilizado o calçado em visita à Casa Branca em 2019, então ocupada por Donald Trump.

No salão do Kremlin em que os discursos dos líderes são lidos para a imprensa, as bandeiras russas e argentinas foram exibidas intercaladas, assim como as brasileiras, por ocasião da visita de Bolsonaro, e as cazaques, quando Kasim-Jomart Tokaiev reuniu-se com Putin, na última quinta-feira (10).

Tokaiev esteve na Rússia pouco mais de um mês depois que seu país, o maior da Ásia Central e ex-república soviética, explodiu em manifestações contra o governo que rapidamente escalaram para um princípio de conflito armado.

Foi Putin quem interveio, e tropas russas foram enviadas para o Cazaquistão para ajudar a reprimir a revolta sob o pretexto de uma antiga aliança militar entre antigos membros da União Soviética.

A iniciativa foi lida como um experimento do presidente russo para garantir a zona de influência russa em países fronteiriços pela força, o que empilhou mais uma preocupação aos adversários no ocidente diante do aumento das tensões na Ucrânia, hoje cercada por cerca de 130 mil soldados russos e recuos vistos com ceticismo por rivais.

Embora as visitas de Macron e Scholz tenham chamado atenção mundial, o premiê húngaro, Viktor Orbán, aliado de Putin, já havia sentado na ponta oposta do russo na mesa gigante. Mas com a presença de intérpretes ao lado, assim como quando da visita do presidente iraniano, Ebrahim Raisi, em 19 de janeiro.

Orbán visitou o Kremlin no dia 1º de fevereiro, e bebeu espumante com o presidente russo em uma sala na qual ficaram separados por uma distância semelhante à proporcionada pela mesa. Nos discursos à imprensa, no entanto, ambos foram posicionados à mesma distância que Bolsonaro, Fernández e Tokaiev, também com bandeiras intercaladas ao fundo.

Fonte: Acesse Aqui o Link da Matéria Original

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