Esporte

Treinadores têm roubado a cena no início da Premier League – 19/08/2022 – Marina Izidro

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Antes da partida contra o Tottenham, Mikel Arteta reúne os jogadores no vestiário. Em um quadro, o técnico do Arsenal desenha um coração e um cérebro de mãos dadas com carinhas felizes. Analogia do que era preciso ter para ganhar o jogo. Venceram.

Possivelmente, ninguém além dos ali presentes saberia que aquela preleção aconteceu não fosse pela nova temporada de “All or Nothing”, que estreou neste mês no Reino Unido (atenção: contém “spoiler”).

A série documental já mostrou bastidores do Manchester City e do Tottenham, e agora acompanhou o Arsenal na temporada 2021/22. Chance rara de conhecer as personalidades dos jogadores, às vezes engessadas por “media trainings” e restrições de clubes.

Descobrir o que se passa a portas fechadas –antes de enfrentar o Liverpool, Arteta colocou alto-falantes no treino com o hino da torcida rival, “You will never walk alone”, para simular a atmosfera de Anfield. Ou o que está por trás de transferências como a de Pierre-Emerick Aubameyang para o Barcelona, quando o atacante perdeu a braçadeira de capitão e a relação desandou.

Pela primeira vez, o público vê o método nem sempre convencional do treinador –como quando pede que os jogadores esfreguem as mãos de olhos fechados para criar energia positiva. Em uma preleção, revela que fez uma cirurgia cardíaca quando criança. O acesso ao futebol inglês é tão restrito que não surpreende a enorme repercussão da série que tem Arteta como figura central. Aliás, como a temporada da Premier League está no início, são os professores que têm roubado a cena.

Ainda em Londres, a confusão entre os técnicos do Chelsea, Thomas Tuchel, e do Tottenham, Antonio Conte, foi muito mais comentada do que o empate em 2 a 2. Eles já vinham se estranhando, e, depois do apito final, Tuchel não largou a mão de Conte ao cumprimentá-lo e mandou que o italiano olhasse para ele. “Achei que ao apertar as mãos as pessoas se olhassem nos olhos, mas Antonio tinha opinião diferente”, disse o alemão, já tranquilo, depois do jogo.

Já Jürgen Klopp não está gostando dos holofotes. O (quase) sempre simpático treinador do Liverpool deu resposta atravessada ao repórter do principal canal de esportes da Inglaterra ao ser questionado por que a nova contratação, o uruguaio Darwin Núñez, começaria jogando contra o Crystal Palace.

“Porque não temos outro atacante. Fico curioso de ver que você olha a escalação, prepara a entrevista e me pergunta isso. Mas ok.” Klopp deu patada, e, Núñez, uma cabeçada no zagueiro rival. Foi expulso, e o Liverpool empatou. Para o time que vai brigar pelo título com o quase perfeito Manchester City, foi como uma derrota.

Mas não deve existir treinador mais estressado no Campeonato Inglês do que Erik ten Hag. Assumiu o problemático Manchester United e, a cada dia, vê o tamanho do desafio: rumores de que o clube pode ser vendido; duas derrotas em dois jogos –incluindo o humilhante 4 a 0 para o Brentford; a novela Cristiano Ronaldo. O astro de 37 anos quer sair e disputar a Liga dos Campeões, já que o United não se classificou. Falta saber para onde, e a janela de transferências se fecha no dia 1º de setembro.

Ten Hag vai ganhar o reforço de Casemiro, mas ainda nada de comemorar. Na segunda-feira (22), enfrenta o Liverpool, que goleou o clube de Manchester por 5 a 0 em Old Trafford em outubro passado. E, em se tratando do United, parece que nada é tão ruim que não possa piorar.


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