Rússia volta a ameaçar, mas China começa a rever posição – 12/05/2022 – Nelson de Sá
Em destaque no agregador Yandex, com agência RIA Novosti, Izvestia e outros, ecoou na Rússia a declaração de um diplomata do país na ONU, falando a um canal digital europeu sobre a “mudança de posição” de Moscou quanto à adesão da Ucrânia à União Europeia.
Agora o governo russo não aceita mais que isso faça parte de um eventual acordo de paz, por não ver mais diferença entre Otan e UE.
Foi em meio a diferentes ameaças russas, inclusive nucleares, contra a entrada dos países nórdicos na organização militar comandada pelos Estados Unidos. Na manchete no Washington Post, “Rússia diz que candidatura da Finlândia à Otan é uma ameaça e promete retaliação”.
Por outro lado, o influente acadêmico chinês Yan Xuetong, diretor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade Tsinghua, onde o próprio Xi Jinping se formou, falou a um canal de notícias que a China só perde com a guerra, que “acelerou a reversão da globalização”.
A entrevista ao Ifeng ou Phoenix, canal de um magnata próximo ao governo, foi parar nas manchetes do South China Morning Post, “China não ganhou nada com o conflito na Ucrânia, que só vai levar a novas violações das regras internacionais, afirma importante estudioso”.
Segundo Yan, tanto Rússia como Estados Unidos desrespeitaram a Carta da ONU, com a invasão e as sanções. E a China, “maior país comercial do mundo”, será prejudicada por um desrespeito que deve crescer pelos próximos dez anos.
“A guerra exacerbou a situação, haverá cada vez mais descumprimento das regras internacionais.”
TREMENDO ANTES DO INVERNO
O Frankfurter Allgemeine Zeitung, com foto de uma estação de gás vazia no norte da Alemanha (acima), informa que o país poderá estar “tremendo antes do próximo inverno”.
No dia anterior, o jornal já havia manchetado que a “Ucrânia estrangulou o fluxo de gás”, cobrando de Kiev se “não havia realmente outra opção”, fora causar “danos a aliados importantes”. E na quinta (12) vieram as sanções russas contra 31 empresas alemãs de gás.
DERRUBANDO EXPECTATIVAS
Na manchete impressa do Wall Street Journal, “Pressão da inflação continua”. Na manchete digital e texto mais lido do Financial Times ao longo de quarta e quinta, “Inflação nos EUA permanece no nível mais alto em 40 anos, derrubando as expectativas de queda maior”.
Em entrevista ao canal financeiro CNBC, o economista “Mohamed El-Erian afirma que EUA estão se aproximando de ‘crise de custo de vida’ após mais dados de inflação”. A inflação, argumenta ele, vem “muito quente há muito tempo” na maior economia do mundo.
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