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Qualquer indcio de vida em Marte est enterrado bem fundo

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Espao

Redação do Site Inovação Tecnológica – 28/06/2022

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A perfuratriz do rob Curiosity tem funcionado bem, mas ela s consegue escavar cerca de 5 centmetros.
[Imagem: NASA/JPL-Caltech/MSSS]

Vida profunda

Um dos grandes objetivos do rover Curiosity em Marte era encontrar aminocidos, que podem ser criados por seres vivos ou por qumica no biolgica.

Encontrar determinados aminocidos em Marte seria considerado um sinal potencial da vida marciana antiga porque eles so amplamente utilizados pela vida terrestre como um componente para construir as protenas, que so essenciais vida, j que so usadas para produzir enzimas que aceleram ou regulam reaes qumicas e para formar estruturas.

Mas o ambiente marciano mais inclemente do que se acreditava, e o mais provvel que quaisquer aminocidos desse tipo que tenham eventualmente existido na superfcie marciana j foram destrudos h muito tempo.

“Nossos resultados sugerem que os aminocidos so destrudos por raios csmicos nas rochas e regolitos da superfcie marciana em taxas muito mais rpidas do que se pensava anteriormente,” disse Alexander Pavlov, do Centro de Voos Espaciais Goddard, da NASA. “As misses atuais do rover em Marte chegam a cerca de duas polegadas (cerca de cinco centmetros). Nessas profundidades, levaria apenas 20 milhes de anos para destruir completamente os aminocidos. A adio de percloratos e gua aumenta ainda mais a taxa de destruio de aminocidos.”

E 20 milhes de anos um perodo de tempo relativamente curto porque os cientistas esto procurando indcios de vida antiga, que estaria presente bilhes de anos atrs, quando Marte era mais parecido com a Terra.

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A esperana agora encontrar afloramentos mais recentes.
[Imagem: NASA/JPL-Caltech/MSSS]

Radiao destruidora de sinais de vida

Os raios csmicos so partculas de alta energia, principalmente prtons e ons de hlio, geradas por eventos no Sol e no espao profundo, como exploses estelares. Elas podem degradar ou destruir molculas orgnicas quando penetram at alguns metros em uma rocha slida, ionizando e destruindo tudo em seu caminho.

Enquanto na Terra um ser humano est exposto a uma mdia de 0,33 milisieverts de radiao csmica por ano, em Marte essa exposio anual pode superar os 250 milisieverts.

Assim, se quisermos encontrar sinais de vida antiga em Marte, o nico jeito ser cavar mais fundo – pelo menos dois metros de profundidade. Ou ento usar os robs marcianos atuais para perfurar regies mais recentemente expostas.

“Misses com amostragem de perfurao rasa precisam buscar afloramentos recentemente expostos – por exemplo, microcrateras recentes, com idades inferiores a 10 milhes de anos, ou o material ejetado de tais crateras,” disse Pavlov.

Infelizmente, a perfuratriz que poderia escavar fundo em Marte, a bordo da misso Insight, no funcionou e teve que ser abandonada.

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Uma segunda equipe comps o primeiro mapa do carbono orgnico total nas rochas marcianas.
[Imagem: Christopher H. House et al. – 10.1073/pnas.2115651119]

Carbono orgnico em Marte

Enquanto isso, uma equipe da Universidade da Califrnia de San Diego publicou o primeiro levantamento do carbono orgnico total presente nas rochas marcianas – este um componente chave nas molculas da vida.

“O carbono orgnico total uma das vrias medidas [ou ndices] que nos ajudam a entender quanto material est disponvel como matria-prima para qumica prebitica e potencialmente biologia,” disse a professora Jennifer Stern. “Encontramos pelo menos 200 a 273 partes por milho de carbono orgnico. Isso comparvel, ou at mais, do que a quantidade encontrada em rochas em lugares com concentrao de vida muito baixa na Terra, como partes do deserto de Atacama na Amrica do Sul, e mais do que foi detectado em meteoritos de Marte.”

Carbono orgnico o carbono ligado a um tomo de hidrognio. a base para as molculas orgnicas, que so criadas e usadas por todas as formas de vida conhecidas. No entanto, o carbono orgnico em Marte no prova a existncia de vida l porque o composto tambm pode vir de fontes no vivas, como meteoritos e vulces, ou ser formado no local por reaes de superfcie.

O carbono orgnico j foi encontrado em Marte antes, mas medies anteriores apenas produziram informaes sobre compostos especficos, ou representaram medies capturando apenas uma parte do carbono nas rochas. A nova medio fornece a quantidade total de carbono orgnico nessas rochas.

Bibliografia:

Artigo: Rapid Radiolytic Degradation of Amino Acids in the Martian Shallow Subsurface: Implications for the Search for Extinct Life
Autores: Alexander A. Pavlov, Hannah L. McLain, Daniel P. Glavin, Anas Roussel, Jason P. Dworkin, Jamie E. Elsila, Katarina M. Yocum
Revista: Astrobiology
Vol.: 119 (4): e2115651119
DOI: 10.1089/ast.2021.0166

Artigo: Depleted carbon isotope compositions observed at Gale crater, Mars
Autores: Christopher H. House, Gregory M. Wong, Christopher R. Webster, Gregory J. Flesch, Heather B. Franz, Jennifer C. Stern, Alex Pavlov, Sushil K. Atreya, Jennifer L. Eigenbrode, Alexis Gilbert, Amy E. Hofmann, Maeva Millan, Andrew Steele, Daniel P. Glavin, Charles A. Malespin, Paul R. Mahaffy
Revista: Proceedings of the National Academy of Sciences
DOI: 10.1073/pnas.2115651119

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