Saúde

Por que o rosto de Charles 3º é tão vermelho? Entenda a condição do novo rei da Inglaterra – Notícias

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Após a morte da rainha Elizabeth 2ª, o príncipe Charles, seu primogênito, foi proclamado rei do Reino Unido. Diante dos novos compromissos e das aparições em público, uma das características que mais chamaram a atenção das pessoas foi a cor do rosto do monarca: avermelhado.


Charles Philip Arthur, agora conhecido como Charles 3º, pode conviver com uma doença inflamatória crônica conhecida por rosácea.


“A rosácea é caracterizada justamente por essa vermelhidão, e pode também vir acompanhada de pequenas espinhas, que muitas vezes são confundidas com acne, e também vasos sanguíneos aparentes, que, nesse caso, são chamados de telangiectasias”, explica a cosmetologista do Instituto Olivan, Heloísa Olivan. 


O manual de diagnósticos e terapias MSD descreve que a condição afeta principalmente pessoas de pele clara entre 30 e 50 anos, especialmente os descendentes de familiares irlandeses e norte-europeus. 



A rosácea se manifesta em quatro fases: 


• pré-rosácea: quando os pacientes relatam vermelhidão, geralmente seguida de ardência incômoda; 


• fase vascular: a pessoa percebe o surgimento de manchas vermelhas na pele e inchaços no rosto, ou parte dele, com pequenos vasos sanguíneos dilatados (que se tornam mais visíveis);


• fase inflamatória: caracterizada pelo aparecimento de caroços pequenos e elevados ou bolhas com pus sobre a pele, motivo pelo qual a rosácea é conhecida como “acne do adulto”; 


• fase tardia: acontece apenas com alguns pacientes e é marcada pelo surgimento da rinofima, também chamada de elefantíase nasal ou acne hiperplásica, causada por uma inflamação nos tecidos e nas glândulas sebáceas, que estão presentes em toda a pele do corpo humano, exceto nas palmas das mãos e dos pés.



De acordo com a especialista, a causa da doença pode estar relacionada com a alimentação e questões genéticas. “Acredita-se que sejam vários fatores: um deles é a predisposição individual, pessoas de pele clara, muito brancas e de ascendência europeia. Além do componente genético, cerca de 30% das pessoas que têm rosácea hoje vêm de uma família em que alguém já manifestou essa doença”, diz Heloísa. 


Ela destaca ainda a condição emocional para a piora dos sintomas. “Certamente a saúde emocional, a saúde mental tem um papel muito decisivo na qualidade da pele, e pode agravar ou melhorar não só a rosácea, mas outros tipos de doença de pele, psoríase, queda de cabelo, acne. Enfim, por trás de uma doença de pele pode existir também um transtorno emocional.”


Os principais sinais da doença são vermelhidão facial — especialmente no nariz e nas bochechas —, manchas parecidas com acne, sensação de calor nas partes avermelhadas, pele inchada e sensível e sensibilidade extrema às mudanças de temperatura, por exemplo.


Além do sintoma mais persistente — a vermelhidão —, os pacientes podem ter uma sensação de queimação ou picada ao usar água ou produtos para a pele na região atingida.


A grande questão é que não existe uma cura para o problema. “É possível controlar os sintomas e melhorar o aspecto da pele, até por uma questão de autoestima”, afirma a bioquímica.


Tratamento


O diagnóstico da rosácea é feito a partir de análise clínica: o médico ou especialista examina a pele do paciente para determinar qual é a doença e se é de fato o problema ou outra questão alérgica. 


Para o tratamento, é importante que o paciente faça um diário a fim de tentar detectar qual é o gatilho que desencadeia a piora da vermelhidão ou das pústulas — pequenas espinhas no rosto, às vezes com pus.


“O tratamento depende do momento das quatro fases em que o paciente está. Mas, basicamente, precisa evitar os desencadeadores. No caso da rosácea inflamatória, é utilizado antibiótico via oral ou aplicado na pele com alguns tipos de ácido, como ácido salicílico, ácido azeláico e ivermectina”, orienta Heloísa. 


Nesses casos, ele só deve ser usado com orientação profissional, já que pode ter efeitos colaterais indesejados. 


Nos casos mais graves, ela complementa: “Para o rubor e e os vasinhos, é utilizada a primordidina ou oximetazolina em gel. No caso dos vasinhos mais aparentes, não tem muito o que fazer, a não ser laser e luz pulsada. No caso do nariz, que fica com a pele mais grossa, avermelhada e bulbosa, a sugestão seria abrasão ou então peelings dermoabrasivos”. 


Entre os fatores que servem de gatilho estão: permanecer em temperaturas extremas, seja frio, seja calor; consumir alimentos picantes e álcool; passar por situações de grande estresse; esfregar a pele com força, com a toalha ou as mãos, ao lavá-la; tomar banhos muito quentes; e praticar exercício aeróbico de alta intensidade. 


“É preciso lembrar que o paciente com rosácea tem uma pele muito reativa. É como se a pele estivesse sempre pronta para responder a algum estímulo interno ou externo. A resposta a esses estímulos é justamente a vermelhidão. Tendo isso em mente, devem-se evitar as situações extremas, seja na alimentação, seja na saúde mental ou no clima em que vive”, conclui Heloísa. 


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Fonte: Acesse Aqui o Link da Matéria Original

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