Pequenos empreendedores baianos apostam nas plataformas online para vender produtos: ‘Representa 100% da minha renda’ | Bahia
Os pequenos empreendedores individuais (MEI) baianos têm apostado nas plataformas digitais para vender produtos e serviços. Um deles é Raul Oliveira, que mora na cidade de Xique-xique, no norte da Bahia.
O empreendedor uniu a religião com a vontade de ter o tipo de negócio e, desde junho de 2020, passou a vender artigos católicos na internet.
“Ser um microempreendedor me deu muitos benefícios. Me permitiu acesso a produtos, empresas e serviços bancários”, disse.
Raul Oliveira começou a vender artigos religiosos na internet em junho de 2020. — Foto: Reprodução/TV Bahia
Segundo levantamento feito pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), 87% dos empresários pretendem permanecer ou comercializar produtos nos meios digitais.
“Eles começaram a acessar as redes sociais para ampliar a clientela, e muitos desses aprenderam o lado positivo de estar online”, relata a gerente do Sebrae, Isabel Ribeiro.
Além da forte presença nas redes sociais, a Bahia ganhou novos pequenos negócios. Ainda segundo dados do levantamento, de abril de 2020 até abril deste ano, o estado teve aumento de 18% no número de pequenos empreendedores individuais, passando de 540.932 registros para 642.540.
A empreendedora Ingrid Machado se tornou mãe durante a pandemia e decidiu abrir uma loja virtual de joias terapêuticas para trabalhar em casa.
“Hoje, representa 100% da minha renda. Através das plataformas digitais, consigo fazer minhas vendas”, disse.
A empreendedora Regina Vieira tem uma empresa de instalação elétrica em Salvador há 8 anos, que atende outras empresas e residências, e resolveu oferecer o serviço nas plataformas virtuais com objetivo de ampliar o negócio e captar novos clientes.
“Nós temos captado um recurso, em em apenas um mês, superior a todo o ano de 2020, dando uma probabilidade de pelo menos duplicar o trabalho até fim do ano”, relata a empresária.
Além da possibilidade de ampliar as vendas, empreender nas plataformas onlines servem como alternativa para pessoas que perderam o emprego ou parte dos lucros na pandemia. A pesquisa do Sebrae também aponta que, com as medidas restritivas, 70% dos empresários ouvidos tiveram queda no faturamento.
“A queda do emprego formal tem levado a essa constituição do empreendedorismo, em grande parte, por necessidade”, conclui a gerente do Sebrae.
Uma dessas pessoas é Adriana Rodrigues. Ela trabalhava como auxiliar administrativo e perdeu o emprego na pandemia. Com isso, ela passou a comercializar marmitas de feijoada.
“Conquistar novos clientes, manter os que já tenho. Fui picada pelo mosquitinho do empreendedorismo e não paro mais”, disse.
Após perder o emprego na pandemia, Adriana Rodrigues passou a vender marmitas. — Foto: Reprodução/TV Bahia
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