Mundo bate novos recordes de casos de Covid | Jornal Nacional

A Europa registrou a maioria dos casos, ainda deve vir muito mais pela frente. O diretor do escritório da Organização Mundial da Saúde (OMS) no continente, Hans Kluge, alertou que nesse ritmo de propagação, mais da metade de toda população europeia vai ser infectada pela ômicron pelas próximas seis ou oito semanas.

Segundo Kluge, uma onda está varrendo o continente de oeste para leste. Algo extremamente preocupante porque está chegando onde as taxas de vacinação são mais baixas.

O chefe do braço europeu da OMS reforçou, ainda, que essa escala inédita de transmissão está levando a um aumento nas hospitalizações e desafiando os sistemas de saúde e a prestação de serviços em muitos países – e ainda deve sobrecarregar muitos outros.

A Organização Mundial da Saúde divulgou um outro alerta. Esse, para todo o planeta: além de representar demandas avassaladoras para os sistemas de saúde, o rápido aumento dos casos pode levar a um número significativo de mortes, principalmente entre os mais vulneráveis.

Enquanto o número de casos em uma semana saltou de 9,5 milhões para mais de 15 milhões, o de mortes não variou tanto. Passou de cerca 41 mil para aproximadamente 43 mil em sete dias.

Mas a líder técnica da OMS, Maria Van Kerkhove, lembrou que “cada uma dessas mortes é uma tragédia porque temos ferramentas nas nossas mãos”. A principal delas é a vacina.

A maior autoridade em epidemiologia dos Estados Unidos, Anthony Fauci, destacou nesta terça-feira, diante do Senado americano o efeito delas. Ele disse que os não-vacinados têm um risco 17 vezes maior de parar no hospital e 20 vezes maior de morrer do que os vacinados contra Covid.

Para quem ainda tem dúvidas, o diretor de emergências da OMS, Mike Ryan, mandou uma mensagem forte:

“Eu preferiria ficar de cama por alguns dias do que ir para baixo da terra”, destaca Ryan.