Morre Carlos Langoni, presidente do BC de 1980 a 1983, de Covid – 13/06/2021 – Mercado
O ex-presidente do Banco Central Carlos Langoni morreu na manhã deste domingo (13), aos 76 anos, em decorrência de complicações da Covid-19. O economista estava internado desde dezembro na UTI do hospital Copa Star, no Rio de Janeiro.
Langoni nasceu em 23 de julho de 1944, em Nova Friburgo (RJ). Próximo do ministro Paulo Guedes (Economia), ele foi o primeiro brasileiro a se formar em economia na Universidade de Chicago, em 1970.
Ele foi presidente do Banco Central de 1980 a 1983, durante o governo de João Figueiredo, último da ditadura militar. Recentemente, era diretor do Centro de Economia Mundial da FGV (Fundação Getulio Vargas).
Guedes lamentou a morte do colega. “Carlos Langoni sempre foi um otimista, um brasileiro construtivo, um homem com espírito público. Foi o primeiro economista a estudar com seriedade a questão do capital humano, a mostrar como as desigualdades nas oportunidades educacionais se transformam em desigualdades econômicas e sociais, chamando a atenção para a importância de políticas públicas na área. Mais recentemente, foi essencial na formulação do novo marco legal do gás. Foi o autor intelectual do choque da energia barata, defendendo a importância da quebra de monopólios, oligopólios e carteis para que viabilizar a redução de preço na geração e distribuição da energia para fortalecer a indústria. É uma grande perda para o país. Meus sentimentos à família.”
Outros economistas lamentaram a morte de Langoni nas redes sociais. O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, afirmou em seu perfil do Twitter que Langoni foi um economista brilhante e uma “referência em estudos sobre capital humano, desigualdade e recentemente energia”.
Claudia Costin, diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais da FGV, também destacou que Langoni foi “pioneiro nos debates sobre capital humano e desigualdade”. Bruno Ottoni, professor da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), escreveu: ” Mais uma vítima da Covid19. Uma pena”.
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