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Cuba controla incêndio em tanques de petróleo após 5 dias – 09/08/2022 – Mundo

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Após cinco dias de um enorme incêndio em tanques de petróleo em Matanzas, cidade no oeste de Cuba, bombeiros finalmente conseguiram controlar o fogo no fim da tarde desta terça-feira (9).

O evento, que vem sendo chamado por autoridades cubanas de o pior incêndio da história do país, destruiu cerca de 40% do principal depósito de combustível da ilha, causando interrupções no fornecimento de energia e deixando ao menos um morto e 14 desaparecidos.

Até o meio-dia (horário local), os bombeiros não haviam conseguido acessar a área devido às chamas. O trabalho de contenção estava sendo feito principalmente por aviões, helicópteros e barcos. Só no final do dia foi possível entrar pela primeira vez e pulverizar espuma e água nos locais ainda fumegantes.

As autoridades não disseram quanto de combustível foi perdido no incêndio, que destruiu todos os quatro tanques do depósito, e afirmaram que nenhum óleo havia contaminado a vizinha Baía de Matanzas. No entanto, eles pediram que moradores de cidades tão distantes quanto Havana (a 105 quilômetros) usem máscaras e evitem a chuva ácida devido à enorme nuvem de fumaça gerada pelo incêndio.

O incêndio de grandes proporções começou na noite de sexta-feira (5), quando um raio atingiu um tanque que integra uma central com oito grandes depósitos de combustível. Essa primeira estrutura continha 26 mil metros cúbicos de petróleo, quase 50% da capacidade máxima; na madrugada de sábado (6), ela desabou, e as chamas se propagaram para um segundo depósito, com 52 mil metros cúbicos de combustível.

Na segunda-feira, o fogo se espalhou e consumiu a área de quatro tanques, apesar dos esforços de bombeiros locais que contaram com apoio de mais 100 reforços mexicanos e venezuelanos.

Um bombeiro morreu —identificado como Juan Carlos Santana, 60— e outros 14 estão desaparecidos desde sábado. Cinco oficiais permanecem em estado crítico.

O governador provincial, Mario Sabines, disse que as chamas se espalhavam como uma “tocha olímpica” de um tanque para o outro, transformando cada unidade em um “caldeirão”.

O porto de ​Matanzas é o principal da ilha para recebimento de derivados de petróleo —o produto é usado principalmente no fornecimento de energia, saindo dali para abastecer usinas termoelétricas.

O bombeiro Rafael Perez Garriga disse à agência Reuters que temia que o incêndio afetasse a situação energética de Cuba. “A situação vai ficar mais difícil. Se as termelétricas forem abastecidas com esse óleo, vamos ter o mundo todo afetado, é a eletricidade e afeta tudo”, disse.

A tragédia ocorre em meio a mais uma grave crise na ilha caribenha —que vive sob pesadas sanções dos EUA— envolvendo o desabastecimento de energia elétrica, agravada pelas condições precárias nas termelétricas. Desde maio, autoridades do regime preveem apagões a cada 12 horas, o que tem levado a protestos pontuais em pequenas cidades.

Cuba conta atualmente com capacidade média de distribuição de energia de 2.500 megawatts, insuficiente para suprir a demanda em horários de pico de consumo, que atinge 2.900 megawatts, segundo dados oficiais.

Fonte: Acesse Aqui o Link da Matéria Original

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