News

CPI aprova quebra de sigilos de Pazuello, Ernesto Araújo e mais 18 pessoas e empresas | Jornal Nacional

1548234083 file be0b03d8 Vision Art NEWS


A CPI da Covid quebrou os sigilos telefônico e de mensagens dos ex-ministros Eduardo Pazuello e Ernesto Araújo e de mais 18 pessoas e empresas.

Os senadores da comissão estavam preparados para ouvir o governador do Amazonas, Wilson Lima, mas uma decisão do STF suspendeu o depoimento.

O presidente da Comissão, senador Omar Aziz, do PSD, abriu os trabalhos com a leitura da decisão liminar da ministra Rosa Weber que garantiu ao governador do Amazonas o direito de não depor.

A ministra afirmou que o governador é investigado na operação Sangria, da Polícia Federal, e em ação no Superior Tribunal de Justiça e que, pela Constituição, tem o direito de não produzir prova contra si.

Aziz disse que vai recorrer para tentar garantir que o governador Wilson Lima preste depoimento.

Aziz: O governador do estado do Amazonas perde uma oportunidade ímpar de esclarecer ao Brasil, mas principalmente ao povo amazonense, o que, de fato, aconteceu no estado do Amazonas.

Senadores governistas lamentaram a ausência do governador. Eles têm insistido na estratégia de que a CPI deve investigar governadores e prefeitos sob argumento de que o governo federal repassou recursos e que estados e municípios não os aplicaram corretamente.

“Só queria lamentar a não vinda do governador Lima, do estado do Amazonas, para prestar os esclarecimentos, conforme já foi colocado aqui, sobre o recurso que ele tinha e não aplicou. Nós só lamentamos e que isso não se torne rotina com os outros governadores”, disse o senador Luis Carlos Heinze (PP-RS).

Uma das preocupações da CPI é com relação ao pedido de 18 governadores, entre eles Wilson Lima, ao STF para não falarem à CPI. Nove governadores já foram convocados, mas eles alegam que as convocações ferem a independência entre os poderes.

Logo depois, os senadores passaram para as discussões administrativas: aprovaram novos depoimentos, entre eles o do ministro da Controladoria-Geral da União, Wagner Rosário.

Quando chegou a hora de votar a quebra de sigilos bancários, telefônicos e de mensagens de pessoas ligadas ao Palácio do Planalto, houve bate-boca.

O senador Marcos Rogério, do Democratas, integrante da tropa de choque do governo, tentou impedir a votação.

Marcos Rogério: Senhor presidente, quebra de sigilo sem conhecer a fundamentação? É quebra de sigilo.

Renan Calheiros: A fundamentação está acostada…

Alessandro Vieira: Presidente, os pedidos de quebra de sigilo estão postados, apresentados há semanas.

Alessandro: Até hoje, não vi a apresentação de nenhum questionamento formal de ninguém.

Aziz: Um minutinho, senador Alessandro. Senador Alessandro, o que o senador Marcos Rogério quer é tentar confundir. Essa decisão já foi tomada, ele já perdeu. Esquece.

Marcos Rogério: Não, senhor presidente, eu não estou tentando confundir, não. Não estou tentando confundir, não, presidente.

Aziz: Esquece, esquece. Senador Renan, com a palavra.

Marcos Rogério: Quem está perdendo aqui é o Brasil, senhor presidente.

Marcos Rogério: Se tem alguém que está perdendo aqui, é o Brasil.

Aziz: O Brasil que está perdendo o quê?

Marcos Rogério: O Brasil está perdendo com esse espetáculo dantesco.

Randolfe Rodrigues: O Brasil está perdendo isso aqui…

Renan: Olha aqui quem perdeu!

Aziz: 490 mil vidas, rapaz!

Renan: Olha aqui quem perdeu!

Aziz: 480 mil vidas, senador.

Randolfe: Olha o que o Brasil está perdendo!

Aziz: A sua questão de ordem já foi derrotada…

Randolfe: Olha o que o Brasil está perdendo!

Ao final da discussão, a maioria dos senadores aprovou as quebras de sigilo com objetivo de aprofundar as investigações sobre o uso de dinheiro público durante a pandemia e supostas omissões do governo federal no combate à doença.

– os ex-ministros Ernesto Araújo e Eduardo Pazuello;

– assessores do Planalto e médicos apontados como integrantes do chamado gabinete paralelo;

– integrantes e ex-integrantes do Ministério da Saúde, entre eles o ex-secretário-executivo Élcio Franco;

– o secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campelo, e Francisco Ferreira Filho, que coordenava o Comitê de Crise do Amazonas quando ocorreu a falta de oxigênio;

– e o auditor do TCU Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques, que fez um relatório falso, sem provas, questionando o número de mortes por Covid. O presidente Bolsonaro usou os números para afirmar que havia uma supernotificação das mortes.

Fonte: Acesse Aqui o Link da Matéria Original

1548234083 file be0b03d8 Vision Art NEWS

Deixe um comentário

Este site usa cookies para que você tenha a melhor experiência do usuário. Se continuar a navegar, dará o seu consentimento para a aceitação dos referidos cookies e da nossa política de cookies , clique no link para obter mais informações. CONFIRA AQUI

ACEPTAR
Aviso de cookies
Translate »