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Coreia do Norte lança dois mísseis de cruzeiro – 17/08/2022 – Mundo

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A Coreia do Norte disparou dois mísseis de cruzeiro nesta quarta-feira (17), informou o Ministério da Defesa sul-coreano. Os lançamentos ocorrem um dia após Washington e Seul realizarem manobras conjuntas em preparação para um grande exercício anual —que Pyongyang considera um treino para invasão.

Segundo as autoridades militares, os mísseis foram disparados em direção ao mar do Oeste (mar Amarelo) a partir de Onchon, na província de Pyongan do Sul, acrescentando que detalhes sobre os lançamentos, incluindo a distância de voo, estão sendo analisados junto com os EUA.

O último teste de armas do país havia sido feito em julho, quando o regime norte-coreano usou o que pareciam ser lança-foguetes. Vários exercícios militares foram executados desde o início do ano, incluindo o lançamento de um míssil intercontinental com capacidade nuclear —o primeiro desde 2017.

EUA e Coreia do Sul têm alertado em várias ocasiões que o regime de Kim Jong-un está preparando o sétimo teste nuclear de sua história.

Nos últimos anos, os aliados reduziram os exercícios militares conjuntos devido à pandemia de coronavírus e como forma de diminuir as tensões com Pyongyang. Em junho, os dois países ameaçaram impor mais sanções e até rever a postura militar americana caso novos testes nucleares fossem realizados.

Nesta quarta-feira, poucas horas após o lançamento dos mísseis, o presidente sul-coreano Yoon Suk-yeol disse que as conversas com o vizinho do Norte não devem ser para fins políticos, mas para contribuir com o estabelecimento da paz.

Em entrevista para marcar seus primeiros 100 dias no cargo, Yoon não chegou a mencionar os disparos, mas repetiu sua disposição de fornecer ajuda econômica caso o país se comprometa com a desnuclearização.

“Qualquer diálogo entre os líderes do Sul e do Norte, ou negociações entre oficiais, não deve ser um espetáculo político, mas deve contribuir para estabelecer uma paz substantiva na península coreana e no nordeste da Ásia”, afirmou.

Apesar das declarações, as negociações em prol da desnuclearização pararam em 2019 e a Coreia do Norte disse que não abrirá mão de sua autodefesa.

Os recentes testes de mísseis revivem o debate sobre se o Sul deveria buscar suas próprias armas nucleares. Yoon diz estar comprometido com o TNP (Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares), acrescentando que trabalha com os Estados Unidos para aumentar sua capacidade de dissuasão. “O TNP não deve ser abandonado e vou aderir a isso até o fim”, disse.

Embora Pyongyang não tenha realizado um teste de mísseis há dois meses, no fim de julho, o ditador Kim Jong-un afirmou que o país estava “pronto para mobilizar” sua dissuasão nuclear diante de possíveis confrontos militares com Estados Unidos e Coreia do Sul.

O enfrentamento com Washington, disse, representa ameaças nucleares desde o conflito da década de 1950 e exige que o Norte realize uma “tarefa histórica urgente” para reforçar sua autodefesa.

Na ocasião, Kim também criticou o presidente sul-coreano, prometendo ser mais duro com o vizinho. “Falar sobre ações militares contra nossa nação, que possui as armas absolutas que eles mais temem, é absurdo e uma ação autodestrutiva muito perigosa”, enfatizou.

Fonte: Acesse Aqui o Link da Matéria Original

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