Concreto autoconserta-se de rachaduras usando enzima do sangue humano

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Redação do Site Inovação Tecnológica – 29/07/2021

Anidrase carbnica

Pesquisadores apresentaram uma nova receita para criar estruturas de cimento e concreto capazes de se autoconsertar de trincas e rachaduras.

O “ingrediente secreto” uma enzima encontrada nos glbulos vermelhos do sangue humano, onde ela ajuda a transportar o CO2 e controlar o pH.

A enzima, chamada anidrase carbnica, reage automaticamente com o dixido de carbono atmosfrico (CO2) para criar cristais de carbonato de clcio, que imitam o concreto em estrutura, resistncia e outras propriedades, preenchendo assim rachaduras antes que elas causem problemas estruturais.

“Se pequenas rachaduras pudessem ser reparadas automaticamente quando comeassem, elas no se transformariam em problemas maiores, que precisariam de reparo ou substituio. Parece fico cientfica, mas uma soluo real para um problema significativo na indstria da construo,” disse o professor Nima Rahbar, do Instituto Politcnico Worcester, nos EUA.

Enzima melhor que bactria

Inspirados pelo processo de transferncia de CO2 no corpo humano, os pesquisadores adicionaram a anidrase carbnica produzida sinteticamente ao p de cimento antes da preparao e mistura que forma o concreto. Quando uma pequena fissura eventualmente se forma no concreto enzimtico, a enzima l dentro se conecta com o CO2 do ar, desencadeando o crescimento de uma nova matriz cristalina que preenche a fissura.

O processo consegue curar rachaduras em escala milimtrica em 24 horas.

A equipe desenvolveu uma abordagem em trs frentes que inclui uma mistura de concreto que, quando usada para construir uma estrutura, ir autoconsertar pequenas fissuras que se formarem; uma mistura que pode induzir a autocura em fendas ou buracos maiores; e um processo que pode ser aplicado ao concreto tradicional para consertar rachaduras.

Outros pesquisadores j propuseram a criao de concreto autocurvel usando bactrias, como o Bacillus Megaterium, um micrbio que produz uma enzima que expelida na mistura de concreto.

Rahbar optou por usar enzimas diretamente, em vez de bactrias, observando que as bactrias so mais caras e funcionam mais lentamente, levando at um ms para curar uma rachadura de 10 micrmetros, que as enzimas podem curar em poucas horas – e h preocupaes sobre potenciais questes de sade de longo prazo relacionadas ao uso das bactrias.

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