Como não cair no golpe do Renavam, que atinge proprietários de veículos

Cair em golpes na atualidade é cada vez mais comum, então encontrar formas para evitar entrar em uma furada deve ser sempre uma prioridade. Os proprietários de veículos, por exemplo, precisam ficar atentos para não cair no golpe do Renavam, que pode gerar muitos prejuízos para quem cai nele.

• O golpe do Renavam tem como alvo pessoas que buscam vender seus veículos online
• Os criminosos se passam por potenciais compradores e pedem a placa do carro e o Renavam para o proprietário do veículo
• De posse destes dados, os golpistas podem descobrir mais informações sobre o proprietário do veículo e até mesmo clonar o carro
• Os proprietários costumam entregar estes dados porque é mesmo aconselhável consultar o Renavam do veículo antes de efetuar uma compra
• Mas antes de passar estes dados, o vendedor precisa saber com quem está negociando

O processo de compra e venda de veículos online necessita de atenção redobrada por parte de quem está tentando comprar, mas também que tenta vender, pois existem quadrinhas especializadas em golpes que visam este lado da equação, como o golpe do Renavam.

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Neste golpe, os criminosos se passam por interessados em adquirir um veículo, iniciando conversas individuais com anunciantes pedindo o número da placa do veículo e do Renavam (Registro Nacional de Veículos Automotores), um número de identificação único do veículo, que o acompanha por toda a sua vida útil.

Com posse destes dados, os golpistas conseguem obter mais informações sobre o proprietário do veículo, o que abre a possibilidade para a aplicação de inúmeros golpes e até mesmo a clonagem do carro.

Para extrair a informação, os golpistas usam uma desculpa bastante convincente: consultar possíveis débitos ou pendências do veículo anunciado. A desculpa funciona com os vendedores porque, de fato, é importante consultar possíveis débitos, bloqueios, restrições e o histórico de vistorias no site do Detran. Para que estas consultas sejam realizadas, é necessário ter posse da placa e do número do Renavam. Então, como não cair neste golpe?

Para evitar prejuízos, é muito importante saber quem é a pessoa do outro lado da conversa, que receberá os dados, pois é possível se tratar de um membro de uma quadrilha de golpistas, e não alguém realmente interessado em seu veículo. O Detran-SP explicou ao UOL que é ainda mais perigoso quando o proprietário compartilha o número do chassi.

Não é necessário informar a identificação do chassi, uma vez que, além de não ser uma informação essencial para conclusão da negociação, ainda pode ser utilizada em veículos clonados, normalmente frutos de roubo e/ou furto.

Detran-SP

O advogado Marco Vieira explicou ao UOL que o Renavam é o número de identidade do veículo, “Além de informações como placa de identificação, cor, marca, modelo, chassi, débitos e restrições, é possível saber todo histórico do veículo a partir desse número. Como todo documento, não é recomendável que pessoas estranhas tenham acesso a tais dados”, diz ele.

Existem quadrilhas especializadas em fraude documental. A placa e/ou o veículo são clonados a partir de informações e dados de um automóvel regular em circulação. Com isso, a vítima pode sofrer danos, como multas, suspensão do direito de dirigir e até cassação da CNH.

Marco Vieira, advogado membro da Câmara Temática de Esforço Legal do Contran (Conselho Nacional de Trânsito)

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