Bioplstico PET feito diretamente de biomassa vegetal

Materiais Avanados

Redação do Site Inovação Tecnológica – 06/07/2022

BioPET

Est se tornando cada vez mais bvio que escapar dos combustveis fsseis e evitar o acmulo de plsticos no meio ambiente so passos fundamentais para minimizar o impacto das aes humanas sobre o planeta.

Essa abordagem tem recebido esforos considerveis, com o objetivo de desenvolver polmeros degradveis ou reciclveis a partir de material vegetal no comestvel, conhecido como “biomassa lignocelulsica”.

Cientistas suos agora desenvolveram com sucesso um plstico derivado de biomassa, semelhante ao PET (polietileno tereftalato) usado em garrafas e embalagens, e que atende aos critrios para substituir vrios plsticos atuais, alm de ser mais ecolgico.

“Essencialmente ns apenas ‘cozinhamos’ madeira ou outro material vegetal no comestvel, como resduos agrcolas, em produtos qumicos baratos para produzir o precursor do plstico em uma nica etapa,” disse o professor Jeremy Luterbacher, da Escola Politcnica Federal de Lausanne (EPFL). “Ao manter a estrutura do acar intacta, dentro da estrutura molecular do plstico, a qumica muito mais simples do que as alternativas atuais.”

Qumica simplificada

A tcnica baseada em uma descoberta que Luterbacher e seus colegas publicaram em 2016, onde a adio de um aldedo pode estabilizar certas fraes do material vegetal e evitar sua destruio durante a extrao.

Ao reaproveitar e redirecionar essa qumica, os pesquisadores conseguiram reconstruir um novo produto qumico de base biolgica que serve como um precursor para a fabricao de plsticos de alta qualidade.

“Usando um aldedo diferente – cido glioxlico em vez de formaldedo – ns podemos simplesmente grampear grupos ‘pegajosos’ em ambos os lados das molculas de acar, o que permite que eles atuem como blocos de construo de plstico,” detalhou o pesquisador Lorenz Manker. “Ao usar esta tcnica simples, podemos converter at 25% do peso do lixo agrcola, ou 95% do acar purificado, em plstico.”

Fcil de fabricar e de reciclar

As propriedades dos plsticos produzidos pela equipe podem permitir que eles sejam usados em aplicaes que vo desde embalagens e txteis at medicamentos e eletrnicos.

Ainda que em escala de laboratrio, os pesquisadores j sintetizaram filmes de embalagem, fibras que podem ser transformadas em roupas ou outros tecidos e filamentos para impresso 3D, tudo usando seus bioplsticos.

“O plstico tem propriedades muito interessantes, principalmente para aplicaes como embalagens de alimentos,” disse Luterbacher. “E o que torna este plstico nico a presena da estrutura de acar intacta. Isso o torna incrivelmente fcil de fabricar porque voc no precisa modificar o que a natureza lhe d, e simples de degradar porque ele pode voltar a uma molcula que j abundante na natureza.”

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