Medicina e Saúde

Amnésia após acidentes pode ser reversível, diz estudo

1548234083 file be0b03d8 Vision Art NEWS


Traumatismos cranianos decorrentes de acidentes ou pancadas recorrentes na cabeça são alguns dos fatores de risco para doenças degenerativas e amnésia. Essas são as condições em que atletas, como jogadores de futebol e de futebol americano, estão sujeitos. Agora, um novo estudo testou em ratos a capacidade de alterar as células do cérebro para recuperarem memórias perdidas, possivelmente revertendo casos de amnésia no futuro.

Leia mais:



Como funciona a amnésia

Segundo o IFLScience, uma equipe do Centro Médico da Universidade de Georgetown já havia descoberto como a amnésia age no cérebro. O órgão tem um mecanismo adaptativo que altera a forma como as sinapses funcionam em casos de traumatismo craniano.

No entanto, não é necessário um ferimento grave para isso acontecer. Pancadas recorrentes, como acontece com atletas em esportes com bola, também estão sujeitas às sequelas. O novo estudo (do Centro Médico em colaboração com o Trinity College Dublin) lembrou que jogadores de futebol americano universitário recebem em média 21 impactos na cabeça por semana. O número aumenta para 41 em lances defensivos.

Com a recorrência, isso pode dificultar a formação de novas memórias ou a lembrança de antigas.

amnesia 2 Vision Art NEWS
(Imagem: 13_Phunkod/Shutterstock)

Como resolver o problema

Pensando nisso, eles encontraram uma forma de fazer um grupo de ratos se lembrar de algo que haviam se esquecido depois de um ferimento leve na cabeça. O objetivo é entender o impacto dessas pancadas leves, mas recorrentes, no funcionamento do cérebro.

Para isso, eles seguiram alguns passos:

  • Primeiro, dividiram os ratos em dois grupos. Ambos foram submetidos repetidamente a uma situação que os causaria medo. Eles memorizaram a resposta ao medo.
  • Além disso, os ratos foram geneticamente modificados para que os cientistas pudessem visualizar os neurônios envolvidos na formação das novas memórias no cérebro, algo conhecido como “engrama de memória”. O engrama, na verdade, é uma rede de neurônios responsáveis pela memória recuperável.
  • Então, o primeiro grupo foi exposto a múltiplos impactos leves na cabeça ao longo de uma semana, como aconteceria na vida real de um atleta. O segundo grupo não teve nenhum ferimento.
  • Depois de uma semana, os ratos submetidos às pancadas já não conseguiam mais se lembrar do medo que haviam aprendido. Isso porque, mesmo que o engrama de memória estivesse intacto, eles não conseguiam mais ativá-lo. O segundo grupo conseguiu ativá-lo.

Após descobrirem de onde vem a amnésia, os cientistas reativaram as células do engrama manualmente nos ratos feridos. Para isso, usaram lasers direcionados.

Amnésia em humanos

A técnica funcionou. Na teoria, seria possível replicá-la em humanos, mas, na prática, é muito invasiva.

Agora, os pesquisadores estão estudando novas maneiras de reativar essas células da memória com procedimentos menos invasivos. A esperança é que, futuramente, eles possam reverter a amnésia em caso de acidentes e pancadas.

Fonte: Acesse Aqui o Link da Matéria Original

1548234083 file be0b03d8 Vision Art NEWS

Este site usa cookies para que você tenha a melhor experiência do usuário. Se continuar a navegar, dará o seu consentimento para a aceitação dos referidos cookies e da nossa política de cookies , clique no link para obter mais informações. CONFIRA AQUI

ACEPTAR
Aviso de cookies
Translate »