News

Recenseadores do IBGE percorrem comunidades quilombolas do estado pela primeira vez | Tocantins

1548234083 file be0b03d8 Vision Art NEWS


Pela primeira vez, o Censo 2022 irá colher informações sobre a população que reside em comunidades quilombolas. No Tocantins, são 84 localidades remanescentes e em campo, além de contabilizar o número de habitantes, as equipes do IBGE vão coletar dados sobre as condições de moradia nas comunidades.

A comunidade de Barra de Aroeira, que fica no município de Santa Teresa do Tocantins, na região do Jalapão, é uma das primeiras a receber os recenseadores.

A dona de casa Maria de Fátima Rodrigues fez questão de responder todas as perguntas do questionário, que para os quilombolas, pede informações complementares. “Para nós é uma coisa muito importante, para melhorar e reforçar a nossa luta como quilombola, e sermos reconhecidos mais ainda”, comentou.

Recenseadora visita casa na comunidade de Barra de Aroeira — Foto: TV Anhanguera/Divulgação

A comunidade, fundada em 1871, é uma das mais antigas e conta com mais de 100 famílias atualmente.

Um levantamento prévio do IBGE com dados do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e institutos de terras dos estados identificou 5.972 comunidades quilombolas no Brasil. O Censo 2022 tem a missão de atualizar esse número e ainda apontas como vivem os remanescentes de quilombos.

“O recenseador vai visitar todas as casas para entrevistar os moradores e fazer essas perguntas específicas dos quilombolas. Vai se abrir o questionário da amostra, que é maior e mais complexo justamente para conseguir retratar de forma mais fiel os dados da comunidade”, explicou o coordenador técnico do IBGE, Nereu Ribeiro.

Durante as visitas, as equipes se deparam com relatos dos problemas que as famílias quilombolas enfrentam no dia a dia. Andreia Rodrigues, que é dona de casa, precisa alimentar seis filhos. Na época da chuva, a família ainda tem que lidar com alagamentos. “Meu quarto alaga e precisa dormir todo mundo junto no quarto das crianças”, contou.

Essas histórias comovem recenseadores como a Aleixa Rodrigues. “Naquele momento a gente não pode ficar apavorado. Mas por dentro a gente se toca e dói. Fome dói”, disse.

Diante dos obstáculos e dificuldades, ser notado pelo censo é importante para a população que mora nas comunidades quilombolas e para os gestores, para que sejam identificados pontos com maior necessidade de melhorias em políticas públicas.

“Esse questionário permite que pessoas, ainda que não morem nas comunidades, possa se identificar como quilombola para que a gente possa levantar informações de uma maneira mais ampla e direcionar, d amaneira mais eficiente possível, os recursos para os próximos anos”, afirmou Paulo Ricardo Amaral, chefe da unidade do IBGE no Tocantins.

Veja mais notícias da região no g1 Tocantins.

Fonte: Acesse Aqui o Link da Matéria Original

1548234083 file be0b03d8 Vision Art NEWS

Este site usa cookies para que você tenha a melhor experiência do usuário. Se continuar a navegar, dará o seu consentimento para a aceitação dos referidos cookies e da nossa política de cookies , clique no link para obter mais informações. CONFIRA AQUI

ACEPTAR
Aviso de cookies
Translate »