Luva-robô inteligente ajuda na reabilitação pós-AVC

O acidente vascular cerebral (AVC) é a principal causa de mortes no Brasil. São 12 óbitos por hora no país. Além de letal, ela é considerada incapacitante. Após um AVC, os pacientes geralmente precisam de reabilitação para reaprender a andar, falar ou realizar tarefas diárias.

Pesquisas têm mostrado que, além da fisioterapia e da terapia ocupacional, a musicoterapia pode ajudar na recuperação da linguagem e da função motora. Agora, um estudo publicado na Frontiers in Robotics and AI aponta que uma luva robótica pode auxiliar a reaprender a tocar música e outras habilidades que exigem destreza e coordenação.

Leia mais

“Aqui mostramos que nossa luva de exoesqueleto inteligente, com seus sensores táteis integrados, atuadores macios e inteligência artificial, pode efetivamente ajudar no reaprendizado de tarefas manuais após o neurotrauma”, afirmou o autor principal da pesquisa, Dr. Maohua Lin, professor adjunto do Departamento de Engenharia Mecânica Oceânica da Universidade Atlântica da Flórida.

Veja a luva-robô inteligente em ação:

Luva-robô inteligente

• Os responsáveis pelo estudo projetaram e testaram um “exoesqueleto de mão inteligente” na forma de uma luva-robô impressa em 3D, que pesa apenas 191 gramas. Toda a área da palma da mão e do pulso da luva é projetada para ser macia e flexível, e o formato dela pode ser feito sob medida para se ajustar à anatomia de cada usuário.
• Atuadores pneumáticos macios em suas pontas dos dedos geram movimento e exercem força, imitando movimentos naturais e afinados das mãos. Cada ponta do dedo também contém um conjunto de 16 sensores flexíveis, que dão sensações táteis à mão do usuário ao interagir com objetos ou superfícies.
• A produção da luva é simples, uma vez que todos os atuadores e sensores são colocados em prática através de um único processo de moldagem.
• O estudo aponta que os pacientes pós-AVC podem, em última análise, usar um par dessas luvas, para ajudar ambas as mãos de forma independente a recuperar a destreza, as habilidades motoras e o senso de coordenação.
• Além disso, os pesquisadores “ensinaram” a luva a sentir a diferença entre tocar uma versão correta ou incorreta de uma música no piano.
• “Descobrimos que a luva pode aprender a distinguir entre tocar piano correto e incorreto. Isso significa que pode ser uma ferramenta valiosa para a reabilitação personalizada de pessoas que desejam reaprender a tocar música”, destacou o Dr. Erik Engeberg, um dos envolvidos na pesquisa e professor do Departamento de Engenharia Mecânica Oceânica da Universidade Atlântica da Flórida.
• A luva pode ser programada para dar feedback ao usuário, seja por pistas visuais ou som. Isso permitiria que ela entendesse seu desempenho e fizesse melhorias, aumentando os benefícios da tecnologia.

Com informações da TechXplore.

Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!