Imagens de policiais espancando jovem negro provocam revolta e protestos nos EUA
Tyre Nichols, de 29 anos, foi abordado por policiais e espancado a 100 metros de casa. Ele morreu, no hospital, três dias depois. Morte de jovem negro por policiais provoca revolta e protestos nos EUA
A morte de um jovem negro de 29 anos por policiais provocou protestos em várias cidades dos Estados Unidos. A polícia de Memphis, no Tennessee, divulgou na sexta-feira (27) as imagens da abordagem violenta.
Em Nova York, manifestantes se reuniram na Times Square, pedindo justiça e dizendo que ninguém está livre num sistema racista.
Um homem subiu em um carro da polícia e quebrou o para-brisa. Houve confusão e três pessoas foram presas. A maioria dos protestos foi pacífica em várias cidades americanas, como Detroit e Memphis, onde Tyre Nichols, de 29 anos, foi morto, em uma abordagem policial.
Quatro vídeos mostram como foi a ação. Três deles foram gravados por câmeras nas roupas dos policiais.
Tyre foi parado a 100 metros da casa onde morava com a mãe. Ele é tirado do carro e diz que não estava fazendo nada. Um policial grita para ele deitar no chão. Tyre é jogado e leva choques. Ele diz que só estava tentando ir para casa. Consegue se levantar e corre.
Os policiais o alcançam. Tyre chama desesperadamente pela mãe. Os policiais usam spray de pimenta. A câmera em um poste registra este momento. Os policiais batem em Tyre. Um deles usa um cassetete. Ele se levanta desnorteado e cai novamente.
Muito machucado, sangrando, ele não consegue nem ficar sentado. A ambulância que o levou para o hospital só chegou 23 minutos depois.
Os policiais alegaram que pararam Tyre porque ele estava dirigindo na contramão. A abordagem foi no dia 7 de janeiro e ele morreu, no hospital, três dias depois. A autopsia independente contratada pela família constatou que Tyre sofreu hemorragia interna causada por espancamento.
Os cinco policiais foram demitidos e a unidade onde eles trabalhavam foi desativada. Eles vão ser acusados de homicídio, agressão, sequestro, má conduta e opressão oficial.
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O presidente Joe Biden pediu uma investigação rápida, completa e transparente. O ex-presidente Barack Obama disse que o caso revela como os Estados Unidos estão longe de corrigir a maneira como o policiamento é feito.
E o ativista de direitos civis, reverendo Al Sharpton, defendeu que as reformas para evitar a violência policial, propostas desde a morte de George Floyd, em 2020, sejam transformadas em lei federal.
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