Guerra na Ucrânia: paraense que abrigou família refugiada fala sobre os impactos do conflito

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Conflito já matou milhares, reduziu cidades a escombros, fez milhões de refugiados e, por hora, não tem nada para acabar. Paraense que abrigou refugiados relata rotina após um ano de conflito.
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A guerra na Ucrânia completou um ano nesta sexta-feira (24). O conflito já matou milhares, reduziu cidades a escombros e fez milhões de refugiados. Uma paraense que mora na Polônia e abrigou uma família refugiada conta sobre alguns desdobramentos da guerra nesse período.
Letícia Oliveira Santos Bessa de Castro Lemos mora junto com o marido desde 2017 na Cracóvia, no sul da Polônia. O casal recebeu em março de 2022 mãe e filha que fugiram do conflito na Ucrânia.
“Nós abrigamos a Marina e a Valéria por 2 meses e meio em nossa casa, até final de maio. Depois disso, elas passaram por um abrigo católico até que conseguiram alugar um apartamento para elas”, revela.
Mãe e filha chegaram só com duas pequenas mochilas. Segundo Letícia, elas estavam tranquilas, apesar do choque.
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Letícia Lemos conta que ela, mais um grupo maior de voluntários, conseguiram arrecadar uma quantia para que mãe e filha pudessem sobreviver por cerca de 6 meses no local que elas conseguiram alugar.
Segundo a paraense, mesmo após elas deixarem sua casa, ambas as famílias seguem em contato. A comunicação ainda é uma dificuldade, mas há muito carinho mútuo, garante.
Mãe e filha tiveram que fugir da guerra na Ucrânia.
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“Nós seguimos em contato. Celebramos o aniversário delas em setembro e outubro e elas nos receberam na casa delas com um jantar simbólico pelo Natal no dia 23 de dezembro sabendo que esta é nossa tradição”, diz.
Grávida de 38 semanas, Letícia Lemos afirma que dessa ação de empatia e solidariedade nasceu uma amizade. “Elas têm muita gratidão ao povo brasileiro pelo apoio que receberam”.
Como consequência da guerra, cerca de 35% dos ucranianos tiveram que deixar suas casas, sendo que 20% estão fora do país. Segundo a ONU, esse é um dos maiores deslocamentos humanitários do mundo hoje.
365 dias de conflito
A paraense diz que a guerra abalou economicamente o mundo. Segundo ela, a Polônia também está passando por um período de alta na inflação.
“Isso impacta em muitos pontos e muda a nossa vida para uma nova realidade com a guerra”, afirma.
Letícia Lemos revela que a sociedade polonesa normalizou “a guerra ao lado”. Ela diz que se sente segura e que não vê mais soldados americanos andando pelas ruas de Cracóvia há muitos meses.
“Ucranianos voltaram para suas casas ao perceber que a guerra não acabou rápido como se imaginava. Mas muitos ficaram e estão se inserindo no mercado local, especialmente nos serviços de base, como motorista de aplicativo, vendedores ou garçonetes”, conta.
Segundo especialistas, o mais provável é que o conflito continue ao longo de 2023. Como o inverno é intenso, eles acreditam que as tropas estejam se guardando para as investidas da primavera, que tem início em março. O que acontecer nesse período será fundamental para decidir o futuro da guerra.
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