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Foguete da SpaceX pode ter "pintado" o céu dos EUA de vermelho

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Enquanto registravam a Via Láctea no céu noturno neste domingo (19), fotógrafos de diferentes lugares nos Estados Unidos se depararam com um brilho avermelhado misterioso. Tal brilho era tão difuso que não podia ser visto a olho nu, mas apareceu em fotos capturadas com longas exposições. É possível que o fenômeno tenha sido causado pelo lançamento de um foguete Falcon 9, da SpaceX, ocorrido quase no mesmo horário das observações.

Christopher Hoffman fotografou o fenômeno em Maryland e contou que, inicialmente, pensou se tratar de uma nuvem fina. “Após pesquisar, encontrei um artigo que dizia que um foguete da SpaceX foi lançado às 00h27″ (1h27, no horário de Brasília), disse. Já David Johnston também estava tirando fotos, e acredita que o brilho tem relação com o foguete em função do horário do lançamento.


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“Eu estava fotografando a Via Láctea atrás da silhueta de algumas rochas, quando, de repente, uma das minhas fotos tinha essa grande bolha vermelha bem no meio, que não estava lá três minutos antes”, escreveu, em uma publicação no Facebook. “Fiquei realmente irritado porque isso arruinou minha foto, mas percebi que iria desaparecer”, disse.

Brilhos avermelhados do tipo já foram observados após lançamentos de outros foguetes. Normalmente, eles são perturbações que ocorrem na ionosfera, sem oferecer riscos para nós. Por outro lado, o fenômeno pode afetar sinais de GPS e a navegação de aeronaves.

Possíveis origens do brilho misterioso

Para Carlos Martinis, físico espacial da Universidade de Boston, nos EUA, os fotógrafos podem estar certos. Geralmente, o acionamento dos propulsores do segundo estágio de um foguete ocorre cerca de três minutos após o lançamento, e dura quase seis minutos. Esta queima ocorre a uma altitude em que há íons positivos de oxigênio na atmosfera, que se combinam com outras moléculas no ambiente. Esta combinação forma novos íons, que reagem com elétrons e produzem um brilho vermelho.

Durante os acionamentos dos propulsores dos foguetes, os gases da exaustão formam íons moleculares até mil vezes mais rápido do que acontece em reações comuns, criando um intenso brilho avermelhado. “As câmeras de hoje são muito sensíveis, e podem capturar o que antes era possível somente com instrumentos científicos”, disse.

Por outro lado, há especialistas que acreditam que o brilho pode não ter vindo do lançamento do Falcon 9. “É altamente provável que isso seja o que chamamos de aurora ‘sub-visual”, explicou Tamitha Skov, especialista em clima espacial. Segundo ela, havia condições ativas no momento do fenômeno causadas por um vento solar rápido atingindo a Terra.

“Considerando que isso foi em Maryland, a uma latitude média, não me surpreende que foi capturado na câmera e era invisível a olho nu”, completou. Ela relatou que um aluno dela acompanhou o lançamento com uma câmera, e a luz dispersa pela exaustão do foguete se manteve em uma pluma branca. “Pode ser simplesmente um lembrete fascinante de como as auroras realmente podem ocorrer ao sul, se procurarmos!”.

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