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Experimento questiona nossa compreenso das foras interagindo nos ncleos dos tomos

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Redação do Site Inovação Tecnológica – 23/08/2023

Experimento questiona nossa compreens

Os novos dados aparecem em azul (fator de forma de transio monopolo em funo da transferncia de momento Q2), em comparao com a previso terica, em vermelho (teoria do campo efetivo quiral).
[Imagem: A1-Kollaboration]

Foras do ncleo atmico

Ao medir ncleos do elemento hlio – tambm conhecidos como partculas alfa (α) – com um nvel de preciso indita, fsicos encontraram um buraco nas teorias atuais sobre os ncleos atmicos.

Simon Kegel e seus colegas da Universidade de Mainz, na Alemanha, mediram sistematicamente a excitao de uma partcula α – o ncleo de um tomo de 4He – do seu estado fundamental at o seu primeiro estado excitado, com uma preciso sem precedentes.

Quando compararam os resultados experimentais com os clculos mais recentes usando a teoria de baixa energia correspondente, ficou evidente que a excitao das partculas α no descrita corretamente com base no entendimento atual das foras nucleares – e isso levanta uma srie de questes desafiadoras.

As propriedades de um ncleo atmico, como seu tamanho e sua energia de ligao, so determinadas principalmente pelas chamadas interaes nucleares, as foras entre os prtons e os nutrons dentro do ncleo. Essas interaes podem ser descritas em termos fenomenolgicos, mas tambm podem ser calculadas sistematicamente usando conceitos cada vez mais aprimorados pelas ltimas teorias, usando, por exemplo, a teoria de campo efetivo quiral, que fornece uma estrutura promissora com base na qual essas foras podem ser estudadas.

Como quanto maior o ncleo, mais complexos os clculos se tornam, o melhor caminho consiste em analisar ncleos menores e, de posse dos dados experimentais, testar as teorias. O ncleo de um tomo de 4He consiste em apenas dois prtons e dois nutrons, um nmero de constituintes que o tornam ideal para investigaes sistemticas desse tipo – no por acaso, ele um dos ncleos atmicos mais extensivamente estudados. E foi isto o que a equipe fez agora.

Experimento questiona nossa compreens

A diferena grande o suficiente para exigir uma reconstruo terica radical.
[Imagem: S. Kegel et al. – 10.1103/PhysRevLett.130.152502]

Discrepncia radical

Usando um acelerador de partculas, os fsicos mediram a partcula α do seu estado fundamental at o seu primeiro estado energizado, uma cobertura nunca alcanada por outros experimentos, alm de fazer isto com um nvel de incerteza muito menor do que os experimentos anteriores – a medio envolve o chamado fator de forma de transio monopolo.

Embora os fatores de forma extrados do experimento e da teoria apresentem uma forma semelhante em funo da transferncia de momento, eles diferem substancialmente por um fator de aproximadamente 2. Os resultados de medies anteriores j haviam indicado que poderia haver uma inconsistncia com a teoria, mas as incertezas experimentais eram grandes demais para permitir tirar concluses.

“Nosso experimento foi realizado com um controle muito bom das incertezas sistemticas. A discordncia com os melhores clculos tericos , portanto, uma indicao sria de que, ou um aspecto importante das interaes nucleares est sendo deixado de lado, o que particularmente evidente nessa transio monopolo, ou que as propriedades do primeiro estado excitado da partcula α dependem fortemente de detalhes mnimos das foras nucleares. Ambas as possibilidades so de considervel interesse e nos inspiram a estudos posteriores,” disse a professora Concettina Sfienti.

Esses estudos de seguimento, contudo, tero que esperar o novo acelerador de partculas que a equipe est construindo.

Bibliografia:

Artigo: Measurement of the α-Particle Monopole Transition Form Factor Challenges Theory: A Low-Energy Puzzle for Nuclear Forces?
Autores: Simon Kegel, P. Achenbach, S. Bacca, N. Barnea, J. Bericic, D. Bosnar, L. Correa, M. O. Distler, A. Esser, H. Fonvieille, I. Friscic, M. Heilig, P. Herrmann, M. Hoek, P. Klag, T. Kolar, W. Leidemann, H. Merkel, M. Mihovilovic, J. Mueller, U. Mueller, G. Orlandini, J. Pochodzalla, B. S. Schlimme, M. Schoth, F. Schulz C. Sfienti, S. Sirca, R. Spreckels, Y. Stoettinger, M. Thiel, A. Tyukin, T. Walcher, A. Weber
Revista: Physical Review Letters
Vol.: 130, 152502
DOI: 10.1103/PhysRevLett.130.152502

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