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Erupo de magnetar libera 100.000 anos de energia do Sol em 0,1 segundo

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Planto

Redação do Site Inovação Tecnológica – 27/12/2021

Erup

Ilustrao artstica da exploso de um tipo de estrela de nutrons conhecida como magnetar.
[Imagem: A. J. Castro-Tirado et al. – 10.1038/s41586-021-04101-1]

Erupo de magnetar

Um observatrio automtico instalado na Estao Espacial Internacional conseguiu flagrar pela primeira vez a erupo impressionante de um magnetar.

A erupo durou apenas 0,1 segundo, mas liberou para o espao a mesma energia que o nosso Sol levar 100.000 anos para emitir.

Conhecemos apenas 30 magnetares, uma classe muito especial de estrelas de nutrons que pode conter meio milho de vezes a massa da Terra em um dimetro de cerca de vinte quilmetros. Seu nome deriva de seu campo magntico intenso.

Esses corpos celestes extremos sofrem erupes violentas que ainda so pouco conhecidas devido ao seu carter inesperado e sua durao de apenas dcimos de segundo. Por isso detect-los ainda um desafio para a astronomia.

O feito coube ao Instrumento de Monitoramento de Interaes Atmosfera-Espao, ou ASIM, na sigla em ingls, projetado para monitorar continuamente fenmenos violentos na atmosfera terrestre, desde os tradicionais raios at emisses gama a 40 MeV. Desde que comeou a operar, em junho de 2018, o observatrio j detectou cerca de 1.000 erupes de raios gama.

“Visto que esses fenmenos so imprevisveis, o ASIM decide de forma totalmente autnoma quando algo acontece e envia os dados para os diferentes centros em Copenhague, Bergen e Valncia,” explicou Vctor Reglero, da Universidade de Valncia, na Espanha.

Instabilidades

A exploso no magnetar GRB2001415 aconteceu no dia 15 de Abril do ano passado, mas a anlise dos poucos mais de dois segundos de durao do evento levou mais de um ano.

Ao esquadrinhar a estrutura temporal do evento, a equipe descobriu que a erupo durou 3,5 milissegundos, quando o brilho do magnetar passou da faixa normal 1031-1036 ergs por segundo para luminosidades de pico de 1044-1047 ergs por segundo.

Os astrnomos acreditam que as erupes nos magnetares podem ocorrer devido a instabilidades em sua magnetosfera ou a uma espcie de “terremoto” produzido em sua crosta, uma camada elstica com cerca de um quilmetro de espessura.

“Independentemente do gatilho, cria-se na magnetosfera da estrela um tipo de ondas – ondas de Alfvn– que so bem conhecidas no Sol e que interagem entre si, dissipando energia,” explica Alberto Tirado, membro da equipe.

Bibliografia:

Artigo: Very-high-frequency oscillations in the main peak of a magnetar giant flare
Autores: A. J. Castro-Tirado, N. Ostgaard, E. Gogus, C. Snchez-Gil, J. Pascual-Granado, V. Reglero, A. Mezentsev, M. Gabler, M. Marisaldi, T. Neubert, C. Budtz-Jorgensen, A. Lindanger, D. Sarria, I. Kuvvetli, P. Cerd-Durn, J. Navarro-Gonzlez, J. A. Font, B.-B. Zhang, N. Lund, C. A. Oxborrow, S. Brandt, M. D. Caballero-Garca, I. M. Carrasco-Garca, A. Castelln, M. A. Castro Tirado, F. Christiansen, C. J. Eyles, E. Fernndez-Garca, G. Genov, S. Guziy, Y.-D. Hu, A. Nicuesa Guelbenzu, S. B. Pandey, Z.-K. Peng, C. Prez del Pulgar, A. J. Reina Terol, E. Rodrguez, R. Snchez-Ramrez, T. Sun, K. Ullaland, S. Yang
Revista: Nature
Vol.: 600, pages 621-624
DOI: 10.1038/s41586-021-04101-1

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