Medicina e Saúde

Endometriose e adenomiose: quais diferenças entre as doenças? 

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No Brasil, diversas mulheres são afetadas anualmente pela endometriose e pela adenomiose. De acordo com dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), cerca de 10% das brasileiras sofrem com alguma dessas doenças no Brasil, mesmo índice de mulheres afetadas em todo o mundo. As duas também possuem sintomas em comum, como cólica menstrual, dor na relação sexual e infertilidade, mas há diferenças na forma como ambas as condições se desenvolvem. 

Primeiramente, para entender a endometriose e adenomiose é preciso saber que o útero é formado por 3 camadas, e as doenças levam o nome conforme o local que afetam:  

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  • A interna, chamada de endométrio;
  • A intermediária, chamada de miométrio;
  • A externa, chamada de serosa.

Leia mais! 

Segundo a ginecologista Mariana Rodrigues, especialista em endometriose, a cavidade interior do útero é recoberta por uma camada chamada de endométrio. No período menstrual esse tecido retorna pelas trompas e cai na cavidade pélvica e, por uma deficiência do sistema imunológico, esse tecido se adere em outros órgãos e começa a se comportar como se ainda estivesse dentro do útero, sangrando a cada ciclo. 

Já na adenomiose, conforme a ginecologista, ocorre uma invasão do tecido endometrial ao miométrio, a camada intermediária do útero, onde há também um crescimento atípico do tecido. Esta disfunção no crescimento do tecido ectópico provoca o desenvolvimento de pequenas bolsas no miométrio, causando cólicas intensas e forte fluxo menstrual. “Apesar de tais características, a adenomiose é benigna, pois não existe a possibilidade de evoluir para um câncer”, afirma a médica. 

Caso Anitta e o boom do tema entre as mulheres 

Em julho deste ano, a cantora Anitta revelou um quadro de endometriose e uma cirurgia como forma de tratamento — uma remoção dos focos de endometriose, indicada em casos severos da doença. A artista revelou o quadro em sua conta do Twitter e acabou chamando atenção de diversas mulheres para o tema, principalmente ao mencionar sofrer com dores há anos. 

Embora a pauta seja discutida há muito tempo por autoridades de saúde, o hype do tema impulsionou outras mulheres a falarem do problema; uma audiência sobre o ensino da doença nos cursos de medicina no Brasil aconteceu na Câmara dos Deputados. 

endometriose
Imagem: BlurryMe/shutterstock

Doenças distintas, mas tratamentos semelhantes 

Nos casos de endometriose, Mariana diz não haver a necessidade de realizar a histerectomia, cirurgia para retirar o útero. Já para tratamento da adenomiose, a histerectomia é, sim, uma opção de tratamento para aquelas pacientes que já possuem prole definida. Mas para pacientes que ainda desejam gestar ou que não querem tirar o útero, existe tratamento clínico.  

Vale lembrar que o tratamento clínico dessas patologias é baseado em pilares semelhantes: dieta anti-inflamatória e atividade física, bloqueio hormonal e uso de suplementação vitamínica e fito medicamentos, além de medicamentos para controle de dor. 

A ginecologista lembra que apesar de possuírem algumas semelhanças, a endometriose e a adenomiose são doenças distintas, mas que podem coexistir. “A principal diferença entre elas é o sangramento uterino. Enquanto a endometriose não afeta o fluxo menstrual, a adenomiose aumenta consideravelmente o sangramento menstrual e, em casos graves, a mulher apresenta quadro de sangramento uterino diário e de difícil controle.” 

Não há uma causa específica para o desenvolvimento de endometriose ou adenomiose. Especialistas acreditam que o surgimento da condição seja multifatorial e em alguns casos também genético.

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Fonte: Acesse Aqui o Link da Matéria Original

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