Diretor de ‘A Freira 2’ fala sobre terror à moda antiga
“A beleza desse mundo criado por James (Wan) é que suas histórias principais são baseadas em fatos”, explica Chaves. “A partir deles, temos mais liberdade para soltar a imaginação nos produtos derivados, desde que tudo se encaixe na mesma linha do tempo.” O diretor ressalta o termo “linha do tempo” várias vezes, em especial na construção de “A Freira” e, agora, de sua continuação.

Ele aponta que um dos pontos chave da cronologia desse universo é o exorcismo do andarilho francês Maurice, evento que dispara a trama do primeiro “Invocação do Mal”. A origem da possessão, o demônio Valak, é revelada em “Invocação do Mal 2”. “São tramas construídas e entrelaçadas ao longo de 10 anos”, explica Chaves. “Os arquivos do casal Warren são o ponto de partida de uma história que ainda não chegou ao fim.”
A exemplo dos outros filmes desse universo compartilhado – que ainda inclui as produções com a boneca Annabelle -, “A Freira 2” troca qualquer busca por inovação pela estrutura do terror clássico. Em um cenário em que o gênero já foi desconstruído, reinterpretado e ancorado em tendências como o found footage (que buscam a ilusão de imagens reais captadas de forma amadora) e a violência extrema (caso da série “Jogos Mortais”), a ideia aqui é fazer cinema à moda antiga.

“À moda antiga é a nova moda”, reflete Michael Chaves. “Acho que um retorno à tradição é revigorante, representa um ciclo de volta aos cinemas com um elemento familiar.” O diretor defende este conservadorismo como uma resposta à velocidade da vida moderna, vigiada por redes sociais, em que tudo é tão disponível e, ao mesmo tempo, tão descartável.
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