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Conhea os 42 maiores asteroides do Sistema Solar

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Redação do Site Inovação Tecnológica – 13/10/2021

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Esta imagem composta mostra os 42 maiores objetos do cinturo de asteroides, situado entre as rbitas de Marte e Jpiter. A maioria destes asteroides tem uma dimenso superior a 100 km, sendo os dois maiores, Ceres e Vesta, com cerca de 940 e 520 km de dimetro, respectivamente, e os dois menores, Urnia e Ausonia, ambos com apenas 90 km.
[Imagem: ESO/M. Kornmesser/Vernazza et al./MISTRAL algorithm (ONERA/CNRS)]

Maiores asteroides do Sistema Solar

Com o auxlio telescpio VLT do Observatrio Europeu do Sul, no Chile, astrnomos obtiveram imagens de 42 dos maiores objetos do cinturo de asteroides, situado entre as rbitas de Marte e Jpiter.

Nunca antes um grupo to grande de asteroides foi fotografado de forma to ntida.

As observaes revelam uma grande variedade de formas peculiares, desde esfricas ao “osso de cachorro“, e esto ajudando os astrnomos a rastrear as origens dos asteroides em nosso Sistema Solar.

“Apenas trs grandes asteroides do cinturo principal, Ceres, Vesta e Lutcia, foram fotografados com um alto nvel de detalhe at agora, visto que foram visitados pelas misses espaciais Dawn e Rosetta da NASA e da Agncia Espacial Europeia, respectivamente,” explicou Pierre Vernazza, do Laboratrio de Astrofsica de Marselha, na Frana, que liderou esta campanha de observaes. “As nossas observaes mostram agora imagens muito ntidas de muitos mais objetos, 42 no total”.

O pequeno nmero de observaes detalhadas dos asteroides implicava que, at agora, muitas caractersticas cruciais, tais como a forma tridimensional ou a densidade, permaneciam essencialmente desconhecidas. Entre 2017 e 2019, Vernazza e sua equipe comearam a preencher essa lacuna conduzindo um levantamento completo dos principais corpos no cinturo de asteroides.

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Em cima, Ceres e Vesta, os dois maiores; embaixo, Ausonia e Urnia, os dois menores.
[Imagem:  ESO/Vernazza et al./MISTRAL algorithm (ONERA/CNRS)]

Forma e densidade dos asteroides

A maior parte dos 42 objetos desta amostra tem uma dimenso superior a 100 km; em particular, a equipe obteve imagens de praticamente todos os asteroides do cinturo maiores que 200 km, ou seja, 20 dos 23. Os dois maiores objetos observados foram Ceres e Vesta, com cerca de 940 e 520 km de dimetro, respectivamente, enquanto os menores foram Urnia e Ausonia, ambos com apenas 90 km.

Ao reconstruir as formas dos objetos, a equipe percebeu que os asteroides observados esto essencialmente divididos em duas famlias: Alguns so quase perfeitamente esfricos, tais como Hgia e Ceres, enquanto outros tm formas alongadas mais peculiares, sendo Clepatra a rainha incontestvel deste subgrupo, com a sua forma em “osso de cachorro”.

Ao combinar as formas dos asteroides com informaes sobre as suas massas, a equipe descobriu que as densidades mudam significativamente ao longo da amostra: Os quatro asteroides menos densos, que incluem Lamberta e Slvia, tm densidades de cerca de 1,3 grama por centmetro cbico (g/cm3), aproximadamente a densidade do carvo. Os mais densos, Psique e Calope, tm densidades de 3,9 e 4,4 g/cm3, respectivamente, mais elevadas que a densidade do diamante (3,5 g/cm3).

A grande diferena em densidades sugere que a composio dos asteroides varia significativamente, dando aos astrnomos pistas importantes sobre as suas origens.

“As nossas observaes apoiam fortemente uma migrao substancial destes corpos depois da sua formao. Em suma, uma tal variedade nas suas composies apenas pode ser compreendida se os corpos tiverem tido origem em regies distintas do Sistema Solar,” explica Josef Hanu, da Universidade Charles, na Repblica Tcheca, membro da equipe.

Em particular, os resultados apoiam a teoria de que os asteroides menos densos se formaram nas regies remotas do Sistema Solar, alm da rbita de Netuno, tendo migrado posteriormente para a sua posio atual.

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Este pster mostra 42 dos maiores objetos do cinturo de asteroides, situado entre Marte e Jpiter (as rbitas no esto em escala).
[Imagem: ESO/M. Kornmesser/Vernazza et al./MISTRAL algorithm (ONERA/CNRS)]

Enxergando mais longe

Os astrnomos iro conseguir obter imagens ainda muito mais detalhadas de mais asteroides com o futuro ELT, atualmente em construo no Chile e que dever comear a suas operaes no final desta dcada. “As observaes do ELT de asteroides do cinturo principal nos permitiro estudar objetos com dimetros de 35 a 80 quilmetros, dependendo de sua localizao no cinturo, e crateras com tamanho de aproximadamente 10 a 25 quilmetros,” disse Vernazza. “Ter um instrumento do tipo SPHERE no ELT nos permitiria at mesmo obter imagens de uma amostra semelhante de objetos no distante Cinturo de Kuiper. Isso significa que seremos capazes de caracterizar a histria geolgica de uma amostra muito maior de pequenos corpos do solo”.

Bibliografia:

Artigo: VLT/SPHERE imaging survey of the largest main-belt asteroids: Final results and synthesis
Autores: P. Vernazza, M. Ferrais, L. Jorda, J. Hanus, B. Carry, M. Marsset, M. Broz, R. Fetick, M. Viikinkoski, F. Marchis, F. Vachier, A. Drouard, T. Fusco, M. Birlan, E. Podlewska-Gaca, N. Rambaux, M. Neveu, P. Bartczak, G. Dudzinski, E. Jehin, P. Beck, J. Berthier, J. Castillo-Rogez, F. Cipriani, F. Colas, C. Dumas, J. Durech, J. Grice, M. Kaasalainen, A. Kryszczynska, P. Lamy, H. Le Coroller, A. Marciniak, T. Michalowski, P. Michel, T. Santana-Ros, P. Tanga, A. Vigan, O. Witasse, B. Yang, P. Antonini, M. Audejean, P. Aurard, R. Behrend, Z. Benkhaldoun, J. M. Bosch, A. Chapman, L. Dalmon, S. Fauvaud, Hiroko Hamanowa, Hiromi Hamanowa, J. His, A. Jones, D.-H. Kim, M.-J. Kim, J. Krajewski, O. Labrevoir, A. Leroy, F. Livet, D. Molina, R. Montaigut, J. Oey, N. Payre, V. Reddy, P. Sabin, A. G. Sanchez, L. Socha
Vol.: A56, 48
DOI: 10.1051/0004-6361/202141781

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