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Como saber se um organismo geneticamente modificado ou natural?

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Meio ambiente

Redação do Site Inovação Tecnológica – 11/09/2023

Como saber se um organismo

A edio gentica est sendo usada o tempo todo, mas ainda no conseguimos identificar seus produtos.
[Imagem: Jenny Nuss/Berkeley Lab]

Identificao de OGMs

Desde o advento da edio gentica, pesquisadores e autoridades de sade tm procurado ferramentas que possam identificar de modo rpido e confivel os organismos geneticamente modificados daqueles que ocorrem naturalmente.

Um exemplo da falta que faz uma ferramenta assim foi vista recentemente durante a epidemia de covid-19, quando se tentava descobrir se o vrus SARS-CoV-2 seria fruto de mutaes naturais ou se seria um produto de laboratrio.

Ainda no temos uma ferramenta para isso, mas os esforos parecem estar comeando a dar frutos, depois de seis anos de pesquisas financiadas pela agncia IARPA dos EUA (Inteligncia Avanada sobre Atividades de Projetos de Pesquisa).

O resultado um conjunto de tcnicas – uma plataforma baseada em laboratrio e quatro modelos computacionais de anlise de sequncias de DNA – que muda drasticamente as atuais capacidades de triagem para deteco de organismos geneticamente modificados.

Multitestes

Para garantir que os testes sejam to teis quanto possvel, o programa envolveu a distribuio dos mesmos tipos de organismos para vrios laboratrios, para que todos aplicassem as novas tcnicas e verificassem se os resultados seriam consistentes.

No total, os cientistas produziram quase 200 amostras nicas de organismos com modificaes genticas, que vo desde grandes excluses ou inseres de sequncias de DNA at alteraes muito sutis de nucleotdeos nicos, feitas usando a tcnica CRISPR. Cada grupo de teste recebeu amostras contendo organismos alterados, bem como amostras de controle contendo organismos no modificados – conhecidos como “tipo selvagem”. O conjunto incluiu ainda organismos cujo genoma jamais havia sido sequenciado, de modo que as informaes no estavam disponveis em nenhum banco de dados para comparao.

As amostras incluram partculas de vrus e clulas de bactrias, mamferos e fungos. Essas amostras cegas representavam potenciais patgenos humanos, como HIV e E. coli, patgenos que infectam plantas e espcies complexas projetadas em laboratrio. Para garantir a sade e a segurana dos participantes, todas as amostras microbianas ou virais criadas para o teste no eram infecciosas e todas foram controladas sob rigorosos procedimentos de biossegurana.

Aqum do desejado

A sensibilidade de cada tcnica individual na identificao dos organismos modificados ficou entre 55% e 70%. Mas o conjunto de ferramentas foi capaz de atingir aproximadamente 72% de sensibilidade na validao cruzada.

Esse desempenho geral dos modelos individuais e do conjunto demonstrou uma melhoria considervel em relao s capacidades de ltima gerao. Contudo, ainda est longe do que considerado desejvel: a IARPA estabeleceu uma meta para as tecnologias de teste de especificidade de 99% (no mais do que 1% dos tipos selvagens identificados erroneamente como geneticamente modificados) e sensibilidade de 90% (no mais do que 10% dos testes poderiam identificar erroneamente um organismo geneticamente modificado como tipo selvagem).

Uma das razes pela qual to difcil distinguir os organismos naturais dos geneticamente modificados que os cientistas de todo o mundo utilizam muitas bases de dados e programas diferentes para rever e armazenar dados de sequncias do genoma. E, alm disso, os cientistas usam nomes e termos diferentes para descrever genes e prever suas funes com base nas sequncias – um processo chamado anotao. Assim, apesar de cada vez mais espcies terem tido os seus genomas sequenciados, os dados no so necessariamente fceis de usar.


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