asteroide é desviado por nave controlada da Terra

Imagem: Reprodução/NASA
É tão sensacional quanto parece: controlando uma nave com o tamanho de uma máquina de refrigerantes, a NASA conseguiu destruir o asteroide Dimorphos, que tinha as dimensões de um estádio de futebol (cerca de 170 metros).
Toda a ação, dos cálculos até o momento do impacto, foi feita à distância. A equipe responsável pela operação da missão DART estava na Terra. É a primeira vez que uma operação para extinguir um asteroide que passaria “próximo” ao nosso planeta é feita dessa maneira.
Basicamente, a missão envolveu chocar uma nave a uma velocidade de 6,6 quilômetros por segundo no centro do asteroide. Bom, não foi exatamente no centro, mas a cerca de 17 metros dele — segundo estimou Elena Adams, engenheira de sistemas da missão DART, durante uma entrevista coletiva.
O tuíte abaixo, que compara o tamanho do pedregulho espacial com o Coliseu de Roma dá uma ideia do tamanho da tarefa.
Vejam essa ilustração que a ESA escolheu para explicar o tamanho do asteroide Dimorphos. Daqui a pouco, a missão DART da NASA irá se chocar contra o asteroide como missão teste em defesa planetária. O impacto acontecerá às 20:14 pelo horário de Brasília. pic.twitter.com/7rT93txduK
— Astronomiaum 🌎🚀 (@Astronomiaum) September 26, 2022
A nave suicida operou de forma autônoma nas últimas quatro horas da missão. Os cálculos para o local do impacto e velocidade, afinal, já haviam sido feitos de antemão. Ainda assim, a equipe de especialistas da NASA operou a missão diretamente do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, nos EUA. Eles poderiam corrigir qualquer erro de rota até 5 minutos antes do impacto, que aconteceu exatamente às 20h14 desta segunda-feira (26).
Você pode assistir ao exato momento do impacto — flagrado pelas câmeras à bordo da nave da missão DART, neste vídeo. Dá também para acompanhar também a reação em tempo real da equipe NASA clicando aqui.
Viajando a cerca 11 milhões de quilômetros de distância da Terra, o asteroide não representava um risco para o nosso planeta. Ou seja, não é como se ele estivesse em rota de colisão e a NASA precisasse trabalhar para desviar seu caminho — um problema digno de roteiro de ficção científica. Contudo, o que a agência espacial quis foi testar exatamente isso: sua preparação para repetir a técnica se for preciso.
Impactos relevantes de meteoros na Terra são raros, acontecendo apenas a cada 10 milhões de anos. Mas, para que a humanidade não corra riscos, é melhor saber direitinho como agir.
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