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Arara-canindé tem asa amputada após ser resgatada com fratura exposta; veja imagens

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O veterinário responsável pela cirurgia disse que a ave estava com uma infecção que poderia provocar a morte. Resgate foi feito em Porto Nacional. Arara-canindé é resgatada pela Polícia Ambiental em Porto Nacional
Uma arara-canindé, um dos símbolos do Tocantins, teve uma asa amputada depois de ter sido gravemente ferida. A asa direita dela ficou com fratura exposta e não deve voltar a voar.
A ave passou por uma cirurgia no Centro Universitário Católica do Tocantins, em uma parceria com o Naturatins. “Nessas situações, cirurgias de reconstrução de fraturas em asas de aves dificilmente são capazes de um perfeito alinhamento para que a ave volte a voar. Ela fica rotacionada e mais pesada e prejudica o voo”, aponta o veterinário que fez a cirurgia, André Luiz Hoeppner Rondelli.
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O resgate da ave foi feito pela Polícia Ambiental do Tocantins e encaminhada para o Centro de Fauna (Cefau) do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins). As causas do ferimento ainda não foram confirmadas, mas provavelmente a ave foi atingida por algum objeto, como pedras. De acordo com os exames, a fratura exposta já tinha de sete a 10 dias.
Polícia Ambiental resgata arara-canindé
Divulgação/Polícia Ambiental
O exame de imagem de radiografia constatou uma fratura no úmero distal. Em uma comparação com o corpo humano, o ferimento é no osso referente ao nosso braço, abaixo do ombro. “Distal” é a região na parte final do osso, quase na articulação com o cotovelo.
Ave passou por cirurgia de amputação de asa
Divulgação
Ainda de acordo com o veterinário, os exames indicaram uma infecção óssea, com risco de osteomielite, o que poderia levar a ave à morte. Como a arara estava saudável, comendo e bem ativa, a equipe optou pela amputação total na articulação atingida. “Todo o foco de infecção foi retirado, o que permitirá uma recuperação com mais chances de sucesso”, informa o professor André Luiz.
Veterinário fez cirurgia na ave
Arquivo pessoal
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A arara está se recuperando bem e segue com os cuidados do pós-operatório, recebendo analgésicos, antinflamatórios e antibióticos. A ave está aos cuidados da equipe do Centro de Triagem de Animais Selvagens (Cetras) do Naturatins. De lá, deve seguir para local de cuidados de animais selvagens para mantê-la bem e em contato com outras aves.
Símbolo do Tocantins
Típica da região central do Brasil, a arara-canindé é considerada, por lei, como símbolo do Tocantins. Protegida por lei estadual, existem projetos de conservação da arara, que é considerada uma espécie carismática. “Ela é chamada assim porque conservando a espécie, a gente conserva também o ambiente como um todo, o habitat que envolve e outros animais também”, informa o biólogo Aluísio Vasconcelos.
Inconfundível, a arara-canindé é a única que é amarela embaixo e azul em cima. Ela se alimenta de sementes e frutos de árvores frutíferas do cerrado como pequi, puçá e cajuzinho. Por isso é tão comum aqui no estado, mesmo em centros urbanos.
Outros incidentes
Infelizmente, casos como esta ave amputada não são raros no estado. Em outubro de 2022, a famosa Nina foi encontrada morta com marcas de tiro. A arara-canindé era conhecida na região do Jalapão, tanto pelos moradores quanto pelos turistas, que faziam questão de registrar o encontro com ela.
Arara Nina foi encontrada morta com marcas de tiro
Danisa Matos/Arquivo pessoal
No mesmo mês, outra arara-canindé foi encontrada morta no centro de Palmas. Provavelmente ela teria se chocado em fios elétricos.
Em janeiro deste ano, outra ave ficou ferida ao ser baleada em Peixe, no sul do estado. A Polícia Militar Ambiental retirou a ave do local somente quatro dias depois.
Apesar de ser protegida por lei estadual, a arara-canindé não é considerada uma espécie em extinção. No entanto, caçar, matar e perseguir a espécie é considerado crime ambiental.
O que diz a lei
Segundo o artigo 29 da Lei de Crimes Ambientais, matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente pode ser penalizado com prisão de seis meses a um ano, além de pagamento de multa.
A pena pode ficar maior ainda se o crime ocorrer, entre outros pontos, durante a noite e com emprego de métodos ou instrumentos capazes de provocar destruição em massa.
Veja mais notícias da região no g1 Tocantins.

Fonte: Acesse Aqui o Link da Matéria Original

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